15 de novembro de 2016

Cannondale-Drapac. Pedia-se e exigia-se muito mais. 2016 foi uma desilusão

(Fotografia: Facebook Cannondale-Drapac)
A equipa norte-americana queria que 2016 fosse o ano em que finalmente se confirmava como uma das mais fortes do pelotão. Ciclistas tem, os resultados é que não. De recordar que esta equipa surge da fusão entre a Liquigás e a Garmin, ficando entretanto a marca de bicicletas como o principal patrocinador, com a Drapac a aparecer já no decorrer da temporada. Dinheiro parece não ser um problema. Já resultados são um enorme problema. Andrew Talansky salvou um pouco a temporada com o quinto lugar na Volta a Espanha, mas a equipa não conseguiu uma única vitória numa prova World Tour e se vencer duas etapas na Volta à Califórnia é importante a nível local, é tão pouco que a Cannondale-Drapac sabe que não pode repetir um ano como este.

A maior das desilusões foi Pierre Rolland. O francês foi contratado com o objectivo de ser o líder na Volta a França. A esperança que o ciclista demonstrasse todo o potencial que lhe é reconhecido era grande e Rolland até apresentou-se bem no Tour. O top dez parecia estar ao alcance, mas uma queda arruinou a competição do francês e ficou a determinação pois, mesmo muito mal tratado, foi até final e terminou na 16ª posição. Porém, Rolland é um dos ciclistas que terá de subir a parada em 2017, tal como Rigoberto Uran.

  • 8º lugar no ranking World Tour com 616 pontos
  • 10 vitórias (nenhuma em provas do World Tour)
  • Jack Bauer foi o ciclista com mais vitórias: 2


O colombiano até teve uma época mais positiva comparativamente com o ano passado. Sétimo no Giro, terceiro no último monumento do ano, na Lombardia, com 29 anos Uran anda sempre perto de uma grande vitória, mas não a consegue. Um pouco mais de apoio da equipa poderá ser bastante importante, pois fica a sensação que mal quebre a “malapata”, Uran poderá finalmente tornar-se num ciclista vencedor, um pouco à imagem de Greg van Avermaet (BMC), por exemplo, ainda que sejam corredores de características diferentes. O belga demorou, mas quando tomou-lhe o gosto, não mais parou de somar triunfos.

Olhando para o plantel da equipa a exigência que já era grande, vai ser enorme em 2017. Joe Dombrowski, Nathan Brown, Lawson Craddock, Tom Skujins e Tom-Jelte Slagter foram ciclistas que se mostraram este ano, mas a Cannondale-Drapac quer mais do que tempo de antena. Para este projecto, ou chegam as vitórias ou o futuro da equipa poderá complicar-se.



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