(Fotografia: W52-FC Porto) |
Pode não ser dos nomes que mais se fala na W52-FC Porto, mas Joaquim Silva teve três anos de consolidação como um ciclista de talento e importante na estrutura da equipa que tem dominado o ciclismo nacional nas últimas temporadas. Há três anos que é aposta, apesar de ter apenas 25. Agora abriu-se a porta de uma oportunidade desejada. A Caja Rural tem constantemente olhado para o ciclismo português e mais uma vez contratou um corredor luso. Joaquim Silva assinou por dois anos pela formação espanhola do escalão Profissional Continental.
Era um "salto" desejado por um atleta que em 2014, ainda como sub-23, teve um ano prometedor. Foi segundo na Volta a Portugal do Futuro e foi depois à Volta "principal" fazer 25º, ao serviço da selecção. Dias depois estava no Tour de l'Avenir (ou Volta à França do Futuro) e terminou na oitava posição. Fez tudo isto como campeão nacional do seu escalão. A então W52-Quinta da Lixa não deixou escapar um ciclista que demonstrava enorme talento como trepador. E comprovou-o todas as expectativas. Claro que numa formação com vários corredores de elevada qualidade, Joaquim Silva foi procurando o seu espaço que, para já, era mais de homem de trabalho.
Nas corridas em Espanha, este ano, Joaquim Silva foi extremamente regular, terminando sempre no top 30 e é de destacar o nono lugar na Volta às Astúrias - prova ganha por Raúl Alarcón - e o oitavo na Volta a Castela e Leão. Apesar de ser talhado para competições por etapas, corridas de um dia com bastante montanha também lhe assentam muito bem. Perante os resultados, a qualidade, talento e margem de progressão, Joaquim Silva é um tipo de ciclista muito procurado pela Caja Rural, que tem sempre como grande objectivo da temporada a Volta a Espanha.
"Correr na Caja Rural é um sonho tornado realidade, um passo muito importante na minha vida e na minha carreira. Sempre foi um sonho competir numa equipa de topo e agora vejo todo o meu trabalho ser recompensado", afirmou Joaquim Silva, em declarações divulgadas pela formação espanhola. Acrescentou que os seus objectivos "são claros": "Tentar cumprir como tudo o que a equipa me peça. Há muitos ciclistas de grande valor neste plantel e para mim é um orgulho correr com eles. Se surgirem oportunidades, tentarei lutar para ganhar."
Joaquim Silva vai reencontrar-se com o antigo companheiro de equipa em Portugal, Rafael Reis, que recentemente renovou o seu contrato. E pela Caja Rural já passaram ciclistas como José Gonçalves (agora na Katusha-Alpecin), Domingos Gonçalves (Rádio Popular-Boavista), Ricardo Vilela (Manzana Postobón), André Cardoso (Trek-Segafredo), Manuel Cardoso, Hernâni Brôco e Vítor Rodrigues.
Nuno Ribeiro, director desportivo da W52-FC Porto, vê mais uma peça na forte estrutura da formação do Sobrado sair, depois de Amaro Antunes escolher representar a CCC Sprandi Polkowice em 2018 e 2019.
Confira aqui as principais transferências e alguns dos ciclistas ainda à procura de definir o futuro.
Confira aqui as principais transferências e alguns dos ciclistas ainda à procura de definir o futuro.
Sem comentários:
Enviar um comentário