(Fotografia: Wessel Blokzijl/Flickr) |
A notícia da morte de Michele Scarponi, em Abril, deixou o mundo do ciclismo em choque. Seis meses depois, pormenores da investigação voltam a provocar sentimento idêntico. O julgamento do condutor que atropelou o ciclista italiano estará prestes a começar e o Tuttobici avança que o homem de 57 anos poderá enfrentar uma acusação de homicídio agravado, pois terá admitido que no momento do acidente terá olhado para o telemóvel para ver um vídeo.
Scarponi foi atropelado a poucos quilómetros de sua casa em Filottrano, na região de Ancona. Inicialmente, o condutor terá afirmado que não viu o ciclista devido ao reflexo do sol matinal. Entretanto, terá apresentado uma nova versão que relança o repetido alerta do perigo de mexer no telemóvel enquanto se conduz. A informação está a ser avançada pelo site italiano Tuttobici, não havendo confirmação oficial.
O acidente ocorreu depois do homem que conduzia uma carrinha não ter parado num sinal de stop. Scarponi morreu no local. Era casado e pai de gémeos (quatro anos). Dias antes tinha vencido a primeira etapa na Volta aos Alpes, naquela que foi a sua primeira vitória em quatro anos. Preparava-se para liderar a Astana na 100ª edição da Volta a Itália, depois de uma lesão ter afastado Fabio Aru da corrida. É precisamente um Giro que tem no seu palmarés.
A Volta aos Alpes terminou no dia 21 e Scarponi quis regressar de imediato para junto da família, antes de começar os derradeiros preparativos para o Giro. A última fotografia que publicou no Twitter é precisamente com os filhos. No dia seguinte saiu para fazer um treino numa zona que tantas vezes percorreu a pedalar... A Astana competiu em Itália com apenas oito ciclistas, não substituindo aquele que teria utilizado o dorsal um da equipa.
A sua morte marcou muitos ciclistas e não apenas na Astana, que muito perseguiu uma vitória para lhe dedicar. Recentemente foi Peter Sagan (Bora-Hansgrohe) que lhe dedicou o título mundial conquistado em Bergen.
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