11 de setembro de 2016

Consagração de Quintana e confirmação da Orica-BikeExchange

Nairo Quintana vestido a rigor e com bicicleta especial para a ocasião
(Fotografia: Twitter Movistar)
Do sonho amarelo à realidade vermelha. Nairo Quintana teve finalmente de novo um grande momento na sua carreira. Aquele copo de champanhe há muito que lhe era devido. Apostou tudo na Volta a França, mas acabou por ser irrepreensível na Vuelta. Mas mais importante para o colombiano foi pela primeira vez ver Froome ao seu lado, mas no segundo lugar do pódio. Não há dúvidas, mesmo pelo discurso de Quintana, que esta vitória é muito mais do que vencer uma grande volta. É finalmente derrotar numa grande volta o ciclista que considera ser o seu grande rival.

O colombiano aponta desde já para 2017 conseguir o que Froome acabou por não conseguir, vencer Tour e Vuelta no mesmo ano, algo inédito desde que a Volta a Espanha se realiza nesta altura do ano.

Mas em dia de festa de Nairo Quintana e, claro, da sua equipa Movistar, outra formação teve muitas razões para celebrar. A Orica-BikeExchange acaba por ser a equipa sensação desta Volta a Espanha. Magnus Cort Nielsen venceu em Madrid. O dinamarquês somou o seu segundo triunfo, depois da estreia a ganhar em grandes voltas na 18ª etapa. O saldo para o conjunto australiano terminou então com quatro vitórias de etapa (Simon Yates e Jens Keukeleire foram os outros vencedores), um lugar no pódio com Johan Esteban Chaves em terceiro e ainda o sexto lugar com Yates. Foi a equipa com mais triunfos a par da Etixx-QuickStep.

Espanha recebeu a festa, mas os espanhóis não tiveram grandes razões para sorrir. Só David de la Cruz conseguiu uma vitória de etapa. Vestiu também de vermelho por um dia, tal como Rubén Fernández (Movistar). No entanto, e dada a mais uma queda de Alberto Contador, nunca houve um espanhol que lutasse pela geral - por muito que tenha recuperado tempo, Contador ficou fora da disputa muito cedo -, mas a vitória solitária de De la Cruz acabou por ser uma surpresa pela negativa. Esperava-se mais dos ciclistas da "casa". No top dez, terminaram três: além de Contador (quarto classificado), De la Cruz foi sétimo e Daniel Moreno (Movistar) foi oitavo.

Alejandro Valverde não conseguiu vencer a classificação dos pontos, que foi para o italiano Fabio Felline (Trek-Segafredo), mas Omar Fraile (Dimension Data) deu uma pequena alegria à afición ao subir ao pódio como o rei da montanha. E claro, há que não esquecer que Nairo Quintana representa a única equipa espanhola do World Tour, ainda que nesta classificação, tenha sido a BMC a melhor.

Foi o final de uma excelente Volta a Espanha, com um percurso extremamente exigente, mas que teve os melhores ciclistas ao melhor nível, o que proporcionou um grande espectáculo de ciclismo.


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