8 de setembro de 2016

"A W52-FC Porto foi mesmo uma boa opção para mim"

(Fotografia: Volta a Portugal)
Rafael Reis despontou. Desde o início da temporada que o nome do jovem ciclista tem sido dos mais falados e não é por acaso. Apareceu em grande na W52-FC Porto e soma oito vitórias em 2016. Rafael não esconde a alegria pela temporada que está a realizar: "Tive a felicidade de encontrar o Nuno Ribeiro [director desportivo] e esta equipa que me tem ajudado bastante. Neste momento sou o corredor com mais vitórias em Portugal e isso é um reflexo da ajuda que tenho tido por parte dos meus colegas."

Portanto, Rafael Reis não tem qualquer dúvida: "A W52-FC Porto foi mesmo uma boa opção para mim." Com 24 anos, o ciclista concorda que 2016 foi o ano da sua confirmação, comprovando que a troca do Tavira pela equipa do Sobrado foi a escolha mais acertada para a sua promissora carreira. "Realmente tem sido um ano bastante positivo, felizmente, porque as coisas às vezes não são muito fáceis. Quando estamos bem toda a gente nos ajuda, quando estamos piores... já não nos dão palmadinhas nas costas", afirmou ao Volta ao Ciclismo.

Cada vez mais a afirmar-se como um contra-relogista de futuro, foi um Rafael claramente feliz na W52-FC Porto que somou triunfos, alguns precisamente no esforço individual. Na Volta a Portugal venceu o prólogo e vestiu a camisola amarela. Rafael considera que ser um bom contra-relogista não é um dom, mas é uma característica com a qual "se tem de nascer", apesar de ter de ser muito trabalhada. E mais uma vez, não poupa os elogios: "O Gustavo [Veloso] é um ciclista com muita qualidade e com ele também aprendi muito e a minha evolução deve-se a todos aqui na equipa e principalmente ao Gustavo, ao Nuno... bem, a todos!"

"Desde as camadas jovens tenho conseguido ser campeão nacional. Falta-me em elite. Porém, penso que ainda tenho uns aninhos para conseguir... O Nelson [Oliveira] é um osso duro de roer"

Se o contra-relógio é a sua especialidade, então um dos seus objectivos tinha de passar por conquistar o título de campeão nacional. "Desde as camadas jovens tenho conseguido ser campeão nacional. Falta-me em elite. Porém, penso que ainda tenho uns aninhos para conseguir... O Nelson [Oliveira] é um osso duro de roer", brincou, referindo-se ao facto de nos últimos anos ter sido quase impossível bater o ciclista da Movistar, que foi sétimo nos Jogos Olímpicos. Mas Rafael sabe que está num bom caminho, pois este ano foi terceiro, atrás do inevitável Nelson Oliveira (que já soma quatro títulos) e José Mendes (que viria a sagrar-se campeão nacional da prova de fundo).

A ambição de melhorar e de estar nas grandes clássicas

Rafael Reis não hesita em apontar a sua fraqueza: a montanha. "Acho que tenho melhorado bastante e vou continuar a trabalhar essa parte", frisou. No entanto, diz não se sentir, para já, um voltista, preferindo as corridas de um dia ou de cinco. "Penso que me favorecem e que posso especializar-me nisso", referiu, pensando, naturalmente, num dia competir nas clássicas internacionais. Até lá, dá o exemplo de provas que aprecia, como o Grande Prémio Jornal de Notícias e a Volta à Bairrada, competições que conquistou este ano. "Nunca preparei a Volta a Portugal como preparei uma prova de três/cinco dias. A Volta preparei para trabalhar para a equipa e é muito diferente treinar para isso ou para ganhar", explicou.

"Sempre quis subir para uma equipa que faça corridas internacionais. Se aparecer uma boa oportunidade, não vou negar"

Com a temporada a terminar, Rafael Reis pensa agora em tentar manter o primeiro lugar do ranking nacional (foi apanhado por Joni Brandão após a Volta a Portugal, somando os dois 732 pontos), mas também olha mais além, nomeadamente para 2017. "Sempre quis subir para uma equipa que faça corridas internacionais. Se aparecer uma boa oportunidade, não vou negar", garantiu.

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