18 de janeiro de 2020

Mais uma parceria entre o ciclismo e a Fórmula 1

(© Israel Start-Up Nation/Israel Cycling Academy)
E já são três. Se até ao final de 2018 o mais próximo que existia entre marcas ligadas à Fórmula 1 e o ciclismo eram parcerias para criar bicicletas - que só estão ao alcance de alguns bolsos -, agora as duas modalidades estão a unir-se cada vez mais. A mais recente junção é entre a recém-chegada ao World Tour Israel Start-Up Nation e a histórica Williams, uma das estruturas mais antigas deste desporto automóvel. Os moldes desta parceria são um pouco diferentes das duas já existentes, pois o foco é mais no marketing, do que na tecnologia.

A McLaren juntou-se à Bahrain no final de 2018 e esta temporada já tem o seu nome na equipa. Perto do Natal, a toda poderosa Ineos anunciou a parceria com a formação que tem dominado a Fórmula 1, a Mercedes. Em ambos os casos, o desenvolvimento tecnológico, a análise de dados, um trabalho que permita uma melhor performance dos atletas, faz parte dos acordos. Já no caso da Israel Start-Up Nation e Williams está em causa promover o nome principalmente da equipa de ciclismo.

"O carro da Williamos terá o logotipo da Israel Start-Up Nation e haverá um marketing cruzado e desenvolvimento de produtos entre os dois programas", explicou Sylvan Adams, um dos donos da estrutura israelita de ciclismo. A Williams terá também um piloto de testes de Israel, Roy Nissany, amigo dos corredores Guy Sagiv e Guy Niv,

Adams referiu que espera que esta parceria possa levar a sua equipa a ter alguma projecção entre os adeptos de Fórmula 1 da Williams, ganhando assim mais apoio. E o objectivo passa também por levar os seus actuais fãs a seguir mais aquele desporto motorizado, apoiando a Williams.

A Israel Start-Up Nation não está certamente a querer passar despercebida quando se prepara para a sua primeira temporada no principal escalão. A compra da licença da Katusha-Alpecin permitiu dar este salto, há muito desejado. Começou por contratar ciclistas bem conhecidos, como André Greipel e Daniel Martin e garantiu que Nils Politt - uma das confirmações de 2019 - fizesse a passagem da Katusha-Alpecin para a equipa israelita. Mudou o nome (era Israel Cycling Academy, que passa a ser a equipa de desenvolvimento, que está no escalão Continental) e agora quer ter a certeza que o novo seja bem conhecido, além do ciclismo. No entanto, é o antigo que aparece no monolugar da Williams (ver fotografia em cima).

A Williams ganha um aliado com algum poderio financeiro, sendo uma equipa que há muito não consegue o destaque que teve nas décadas de 80 e 90, quando lutava e ganhava campeonatos do mundo. O último foi em 1997, com Jacques Villeneuve, tendo sido também a derradeira vez que venceu o Mundial de Construtores. Quanto a Grandes Prémios, Pastor Maldonado venceu em Espanha em 2012, terminando com um jejum que durava de 2004. Mas desde então que não nenhum piloto da Williams sube ao lugar mais alto do pódio.

Terça-feira arranca oficialmente a temporada com o início do Tour Down Under. Este domingo, durante a madrugada na Europa, realiza-se a habitual corrida de apenas 51 quilómetros, que tem sido uma forma diferente de "aquecer motores" para a longa época de ciclismo.

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