4 de janeiro de 2020

O destino dos ciclistas da Katusha-Alpecin

(Fotografia: Facebook Katusha Cycling)
O final da Katusha-Alpecin obrigou muitos ciclistas a terem de procurar alternativas. Doze estavam em final de contrato, pelo que, quando durante a Volta a França começou a ganhar força a possibilidade de a equipa acabar, tiveram mais tempo para encontrar um novo rumo para a carreira. Porém, havia 11 com contrato para 2020 e mesmo a compra da licença por parte da agora chamada Israel Start-Up Nation (ex-Israel Cycling Academy), não houve desde logo certeza sobre o futuro destes ciclistas. E quatro foram mesmo obrigados a procurar novos destinos.

O último destes corredores a conseguir um contrato foi Enrico Battaglin. O italiano - um "todo-o-terreno" de 30 anos, que conta com três vitórias de etapas na Volta a Itália - foi este sábado anunciado como reforço da Bahrain-Merida, procurando assim relançar a sua carreira, depois de ter tido uma temporada à imagem da Katusha-Alpecin: muito abaixo do esperado.

O belga Jens Debusschere foi outro ciclista a chegar à Katusha-Alpecin em 2019 e seguirá agora para a equipa francesa do segundo escalão, B&B Hotels - Vital Concept p/b KTM. O jovem britânico (25 anos), Harry Tanfield encontrou na AG2R um espaço para continuar no World Tour, enquanto o russo Dmitry Strakhov regressa ao seu país para representar a Gazprom-RusVelo, uma formação Profissional Continental (categoria agora denominada como ProTeams).

Nils Politt, Jenthe Biermans, Alex Dowsett, Reto Hollenstein, Daniel Navarro, Mads Würtz Schmidt e Rick Zabel assinaram pela Israel Start-Up Nation, com Politt a preparar-se para ser um dos líderes na estreia da equipa na categoria mais elevada do ciclismo mundial.

Dos 12 em final de contrato - eram 13, mas Marcel Kittel colocou um ponto final na carreira, nem terminando a temporada -, só um continua por definir o seu futuro. Ian Boswell teve uma queda grave no Tirreno-Adriatico, a 16 de Março, sofreu uma concussão cerebral e não competiu mais em 2019. Chegou a estar dois meses sem andar de bicicleta. Agora já pedala e não estará afastada a possibilidade de trocar a estrada pela terra batida. O britânico de 28 anos, que esteve cinco temporadas na Sky antes de se mudar para a Katusha-Alpecin em 2018, promete novidades para breve.

Entre os que já estão a vestir os novos equipamentos, o destaque vai inevitavelmente para Ilnur Zakarin, que na CCC procura revitalizar a esperança de poder discutir a vitória numa grande volta. Os dois portugueses, Ruben Guerreiro e José Gonçalves, escolheram caminhos bem diferentes. O primeiro assinou novamente por uma equipa americana. Depois da Hagens Berman Axeon (Continental) e Trek-Segafredo (World Tour), o campeão nacional de 2017 muda-se para a EF Education First e continua assim ao mais alto nível. Já José Gonçalves, o campeão nacional em título de contra-relógio, desce de escalão, para competir pela Nippo Delko One Provence, estrutura que conhece bem, pois por lá passou em 2013 e 2014.

Quanto aos restantes, aqui ficam os seus destinos, com Simon Spilak a seguir o exemplo de Kittel, tendo terminado a carreira aos 33 anos: Marco Haller (Bahrain-Merida), Pavel Kochetkov (CCC), Steff Cras (Lotto Soudal), Matteo Fabro (Bora-Hansgrohe), Willie Smit (Burgos-BH), Nathan Haas (Cofidis), Viacheslav Kuznetsov (Gazprom-RusVelo).

De referir que a partir de Agosto a Katusha-Alpecin contou dois estagiários. O alemão de 20 anos, Juri Hollmann, é um dos reforços da Movistar, enquanto o sprinter holandês de 22 anos, Dylan Bouwmans, regressou à sua anterior equipa, a Metec-TKH Continental Cyclingteam p/b Mantel (Continental).

Como nota final, a Katusha ficou como fornecedora de equipamentos da Israel Start-Up Nation, enquanto a Alpecin dá agora nome à equipa de Mathieu van der Poel: a Alpecin-Fenix (ex-Corendon-Circus).


Sem comentários:

Enviar um comentário