22 de junho de 2017

Todos por Chris Froome, quase todos por Richie Porte

(Fotografia: A.S.O./Alex Broadway)
Dois dos principais candidatos à vitória na Volta a França já sabem quem vão ter ao seu lado. Como era de esperar, a Sky escolheu ciclistas que estarão todos concentrados na ajuda ao seu líder. A BMC sabe que para fazer frente ao habitual poderio da equipa britânica também tem de jogar da mesma forma para dar uma real hipótese a Richie Porte. No entanto, tem um ciclista que não pode prender, ainda que certamente dará a sua ajuda sempre que necessário. O corredor em causa terá liberdade para lutar por vitórias em algumas etapas. Esse ciclista é Greg van Avermaet.

O belga está a realizar mais uma excelente temporada, somando sete vitórias, entre elas o Paris-Roubaix. E quando não ganha tem conseguido estar constantemente na discussão das corridas. No Tour de 2016, Avermaet venceu uma etapa e andou de amarelo. O ciclista terá assim a oportunidade para voltar a deixar a sua marca nesta grande volta, mas também terá de ajudar Richie Porte.

"Vamos todos pelo Richie. Os nove ciclistas vão chegar à Volta a França em boas condições e temos uma equipa forte. Quando começámos a planear o Tour, em Dezembro, estes eram os nove ciclistas que tínhamos em mente", explicou o director desportivo Fabio Baldato, citado no site da equipa. O responsável salientou que "ter o Richie Porte no pódio será um excelente resultado".

Os eleitos foram: Damiano Caruso, Alessandro de Marchi, Stefan Küng, Amaël Moinard, Richie Porte, Nicolas Roche, Michael Schär, Greg Van Avermaet e Danilo Wyss.

Segundo Baldato, Caruso e Roche terão a responsabilidade de ser os homens que ficarão com Porte quando chegar a alta montanha. De Marchi e Moinard estarão mais em acção na média montanha, enquanto os restantes terão a função de proteger o líder nas por vezes acidentadas tiradas planas.

Quanto a Porte, o ciclista admitiu que a pouco mais de uma semana do arranque do Tour, sente um misto de excitação e nervosismo: "O Tour é o grande objectivo da época e tem sido uma excelente temporada até ao momento." O australiano afirmou que está confiante nas suas capacidades e da equipa. Pela primeira vez na carreira, Porte saberá como é ter uma formação escolhida a pensar apenas em si. Mesmo quando foi o líder da Sky no Giro isso não aconteceu e há um ano, no Tour, dividiu a liderança na BMC com Tejay van Garderen.

Já Chris Froome tem sempre uma equipa inteira a apoiá-lo desde que se tornou líder da Sky. Ainda assim, há uma surpresa com Wout Poels a ficar de fora. O holandês esteve uma boa parte da temporada a recuperar de problemas físicos, mas regressou da Route du Sud e realçou que estava preparado para estar ao lado de Froome. Há um ano foi um ciclista importante na ajuda ao britânico, mas a Sky não quis arriscar ter um homem com falta de ritmo e Poels irá antes à Vuelta.

Foram convocados: Chris Froome, Sergio Henao, Vasil Kiryienka, Christian Knees, Michal Kwiatkowski, Mikel Landa, Mikel Nieve, Luke Rowe e Geraint Thomas.

A equipa não teve problemas em chamar três ciclistas que se desgastaram no Giro, ainda que Thomas não o tenha acabado, abandonando devido a questões físicas após a queda provocada pela moto da polícia. Landa será um dos homens para a alta montanha, enquanto Kiryienka será aquela máquina de impor o ritmo alucinante nas subidas que costuma destruir muitas das equipas adversárias.

"Seria incrível ganhar uma quarta vez. Sinceramente adoro [o Tour], é uma sensação que não se tem em mais nenhuma corrida", referiu Froome, citado no site da Sky. Apesar do ciclista não ter realizado exibições muito convincentes na preparação para a Volta a França, o director da equipa, Dave Brailsford, garantiu que Chris Froome "está em boa forma e pronto" para a corrida. E claro, afirmou que foram escolhidos ciclistas para construir uma equipa forte e a Sky quer tirar partido desse poderio, como tem feito nos últimos anos.

Como curiosidade, na apresentação nas redes sociais, a Sky colocou a bandeira britânica ao lado de Froome, mas no que diz respeito a Rowe e Thomas escolheu a bandeira galesa e no caso de Landa e Nieve aparece a do País Basco e não a espanhola (pode ver no vídeo em baixo). Escusado será dizer que tal não passou despercebido...




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