1 de junho de 2017

Froome revela os principais adversários para o Tour e Quintana não é um deles

Chris Froome com a camisola especial para o Tour (Fotografia: Team Sky)
A Volta a Itália já lá vai e agora as atenções centram-se quase exclusivamente no Tour. Este domingo arranca o Critérium du Dauphiné, uma das provas vista como um dos principais testes para a Volta a França, ainda mais quando há alguma coincidência entre quem ganha esta corrida e o Tour. A reunião de candidatos é impressionante, pelo que é mais do que perfeito que se fale com o favorito número um a mais uma vitória, tanto no Dauphiné, como no Tour, sobre quem considera ser os seus principais adversários. A pergunta é, naturalmente, a pensar na corrida de três semanas e Chris Froome não teve problemas em nomear os ciclistas que considera terem tudo para serem os seus rivais mais perigosos. De fora ficou Nairo Quintana, mas o britânico explica porquê, sem tirar completamente o colombiano da disputa da competição mais famosa e mediática do ciclismo.

"As principais ameaças virão de ciclistas que não fizeram o Giro: Richie Porte, Alberto Contador e Romain Bardet", referiu Chris Froome à Reuters. Os três nomes não precisam de grandes justificações, mas não nomear Nairo Quintana não deixou de ser uma surpresa, pelo que o britânico acabou por falar mais um pouco sobre o líder da Movistar. Pode não ser um dos seus principais rivais, mas ainda assim Froome ficará em alerta com o colombiano. "Eu acho que vai ser duro para o Nairo fazer o Giro e o Tour", começou por dizer, contudo, acrescentou um grande "mas": "Ele até pode fazer melhor no Tour porque é um ciclista que está melhor na sua segunda grande volta [do ano] do que na primeira."

Percebe-se porque Froome diz isto, pois afinal não esquece como em 2016 controlou por completo Quintana em França e depois na Volta a Espanha acabou por perder para o colombiano, que apareceu muito bem fisicamente.

Chris Froome procura a sua quarta vitória no Tour, a terceira consecutiva e Richie Porte apresenta-se como uma ameaça que o britânico sabe que mais do que nunca terá de estar atento. "Sempre acreditei no Richie. Ele definitivamente tem uma hipótese para ganhar. Esta época ele tem demonstrado que tem essa capacidade", salientou. "O Richie tem estado extraordinário esta temporada, tendo ganho o Tour Down Under e recentemente a Volta à Romandia. Acho que esta Volta a França assenta muito bem ao Richie", afirmou.

Não deverá haver grandes segredos entre os dois, afinal Richie Porte foi o braço direito de Froome durante quatro anos, antes de sair para a BMC onde tem a oportunidade de ser líder indiscutível. Agora esse papel é ocupado por Geraint Thomas, que treinou com Froome durante várias semanas na África do Sul para assim se preparar para tentar ganhar o Giro, na primeira oportunidade dada pela Sky para que fosse líder numa grande volta. Thomas acabou por ficar envolvido no incidente com a moto de polícia e dias depois abandonou a corrida ao não recuperar das mazelas da queda. "Por um lado foi um enorme revés para o Geraint não ter terminado o Giro, mas para o Tour, será algo bom para a equipa porque ele estará mais fresco e terá mais tempo para se preparar", disse.

Froome está a ter um ano muito discreto. Não soma vitórias e nem tem resultados que estamos habituados a ver nele, mesmo que só tenha participado em quatro corridas. O britânico garante que a preparação está a ser idêntica há de 2016 e que como a temporada passada correu bem (pelo menos em França, não tanto em Espanha), quer manter a fórmula vencedora de forma a ganhar o Tour e atacar a Vuelta e assim ganhar duas grandes voltas num ano. Porém, admite que a presença em Espanha não é algo garantido: "Depois do Tour, se tudo correr bem, adoraria estar na Vuelta."

Para terminar a entrevista à Reuters, surgiu o tema incómodo do momento na Sky. O caso das suspeitas do pacote de Bradley Wiggins continua por resolver, mas Froome garantiu que não está a afectar nenhum dos ciclistas quando estes estão a competir e que é a situação não envolve nenhum dos actuais corredores. O pensamento está unicamente centrado em estar no seu melhor quando no dia 1 de Julho o Tour arrancar da cidade alemã de Dusseldorf.

Sky muda para branco na Volta a França. Camisola vai ter nomes dos fãs

Já é habitual algumas equipas terem equipamentos especiais na Volta a França. É o marketing a funcionar em pleno no ciclismo. A Sky é das equipas mais populares e o equipamento preto com tons de azul tornou-se na sua imagem de marca. No entanto, a Castelli apresentou propostas e a cor branca na camisola foi a que atraiu directores desportivos e ciclistas.

No entanto, há uma questão que pode tornar-se num problema. A camisola branca é também o símbolo do ciclista que lidera a classificação da juventude. Historicamente temos exemplos de equipas que mudaram os equipamentos em tons de amarelo para não chocarem com a camisola da liderança, como aconteceu recentemente com a Tinkoff que optou por usar camisola e calções com camuflado. Será que a camisola da juventude vai ter a mesma importância?

E quer ver o seu nome na camisola da Sky no Tour? Então vá a este link e inscreva-se. Depois é esperar para saber se é um dos escolhidos.

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