29 de abril de 2017

Histórias do Giro. Foi na Volta a Itália que Merckx abriu a contagem nas grandes voltas

(Fotografia: Wikimedia Commons)
Em qualquer grande corrida que já existisse nos anos 60, é difícil falar de aniversários especiais e não falar de um ciclista ainda mais especial: Eddy Merckx. Hoje em dia, quando se fala em bater recordes, há uma grande probabilidade da marca pertencer ao belga. No que diz respeito a grandes voltas, foi precisamente no Giro que o ciclista começou a alimentar a alcunha de Caníbal. Em 1968 venceu a primeira e o ciclismo nunca mais seria o mesmo.

Então já tinha algumas grandes vitórias, como o mundial em 1967 e duas Milano Sanremo. Tinha apenas 23 anos quando venceu pela primeira vez o Giro, mas arrasou a concorrência que se viu obrigada a lutar pelo segundo lugar. Dada a superioridade do então jovem belga, era o melhor que os restantes ciclistas podiam aspirar. Merckx conquistou ainda nesse ano a classificação da montanha e por pontos. No ano seguinte, um controlo de doping positivo afastou-o da vitória. Mas ganhou a Volta a França. Foram cinco vitórias no Giro e outras tantas no Tour. Em Itália, três foram consecutivas, entre 1972 e 1974. Juntamente com Fausto Coppi e Alfredo Binda detém o recorde de vitórias (recorde... lá está). Ganhou ainda 24 etapas entre 1967 e 1974. A primeira tirada em grandes voltas também foi ganha no Giro. De destacar ainda que fez a dobradinha em três ocasiões.

Tal como aconteceu com a França, apesar da Bélgica ser uma das potências do ciclismo, ganhar o Giro parecia ser uma missão quase impossível. Até hoje além de Merckx, só Michel Pollentier (1977) e Johan de Muynck (1978) o fizeram. Os recordes até podem ir caindo, é assim que é suposto ser, mas independentemente dos anos que passem, dos recordes que vá vendo serem batidos, Merckx deixou a sua marca em praticamente todas as grandes corridas do ciclismo e a Volta a Itália não foi excepção.


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