18 de abril de 2017

Gilbert também falha o Giro. Avermaet resolve atacar a Liège-Bastogne-Liège

Avermaet vai tentar ganhar mais um monumento este ano (Fotografia: Facebook BMC)
Era a derradeira esperança de Philippe Gilbert, mas além de ser afastado da possibilidade de voltar a fazer a tripla nas Ardenas, o belga confirmou esta terça-feira que não estará na Volta a Itália. A ruptura num rim que sofreu numa queda na Amstel Gold Race - que viria a ganhar - não é grave, mas requer total repouso e Gilbert vai ser obrigado a parar durante duas semanas e não apenas uma como inicialmente previsto. O ciclista era suposto ficar no hospital 24 horas, mas ficou internado durante dois dias, já estando em casa e a pensar na segunda parte da temporada, agora que viu terminar de forma abrupta uma fase de clássicas como há muito não vivia. Um bom momento de forma que pretendia levar para a Volta a Itália.

"É um golpe duro perder o Giro. É uma corrida bonita onde já desfrutei de sucesso várias vezes, mas estas lesões são sempre delicadas e é recomendável não apressar as coisas. Por isso, prolongar o período de recuperação é a melhor decisão que podíamos tomar. Apesar desta desilusão, vou continuar a pensar no futuro e com muita motivação para a segunda parte da temporada", salientou Gilbert.

Não se sabe quando irá o campeão belga regressar e se eventualmente irá apontar a uma presença na Volta a França. Já o final da temporada deverá certamente ser um objectivo, com a presença nos Mundiais e também tentar conquistar a Lombardia. Num ano em que voltou aos grandes sucessos, certamente que Gilbert pensa em tentar ganhar a sua segunda camisola do arco-íris e a terceira Lombardia, neste caso para aumentar o seu currículo nos monumentos.

Enquanto um belga já pensa na segunda fase da época, outro resolveu aproveitar a boa forma e a senda de vitórias para tentar ganhar a Liège-Bastogne-Liège. Greg van Avermaet resolveu participar na corrida, uma decisão que foi tomada depois do frustrante resultado na Amstel Gold Race. O vencedor do Paris-Roubaix estava claramente bem, mas falhou o momento em que o grupo de Gilbert e Kwiatlowski formou-se e depois não conseguiu juntar-se, apesar da ajuda de Alejandro Valverde.

Desde 2013 que Avermaet não participa neste monumento, pois nos últimos anos tem estado dedicado às clássicas do pavé, com Gilbert - que até ao ano passado era seu colega na BMC - a ficar com a semana das Ardenas. "Foi uma boa Primavera, mas ainda me sinto bem, por isso, vamos ver o que acontecerá no domingo. Não sou um favorito", realçou o belga, que disse ainda não ter nada a perder em estar na Liège-Bastogne-Liège.

Greg van Avermaet conquistou este ano o seu primeiro monumento. Venceu o Paris-Roubaix, uma semana depois de ter sido segundo na Volta a Flandres. O ciclista da BMC pode não considerar-se um favorito, mas perante o que tem feito não só esta época, mas também em 2016, é de esperar ver Avermaet na luta por mais uma vitória nas clássicas, antes de também ele fazer uma pausa competitiva.

Peter Sagan na clássica alemã antes de começar fase das corridas por etapas

A época de clássicas não foi a que Peter Sagan e a sua nova equipa desejavam. Entre segundos lugares, queda, furos e demonstrações de que não é mais o ciclista que faz todo o trabalho e depois vê outros ciclistas ganhar, Sagan acabou por somar apenas uma vitória, na Kuurne-Bruxelles-Kuurne. Depois do Paris-Roubaix, o eslovaco fez uma paragem e só estava previsto regressar à competição a 14 de Maio, na Volta à Califórnia, já a pensar em preparar a Volta a França, onde aponta à sexta camisola verde consecutiva. Porém, a Bora-Hansgrohe anunciou esta terça-feira que que o bicampeão do mundo estará na Eschborn-Frankfurt, no dia 1 de Maio.

Será a estreia da clássica germânica no calendário World Tour e sendo também este o primeiro ano da formação alemã ao mais alto nível do ciclismo, a ambição da Bora-Hansgrohe é clara: ganhar. E para isso precisa de ter em acção o seu melhor ciclista. "Será especial para a equipa, mas também para mim, correr em frente dos fãs alemães. Espero que seja uma grande festa do ciclismo, mas será a primeira festa do ciclismo este ano porque ainda temos a grande partida em Düsseldorf [no Tour]", afirmou Sagan. Os ciclistas que acompanharão Sagan não foram anunciados, mas o eslovaco salientou que será uma equipa com várias opções para tentar a vitória. Um discurso politicamente correcto, pois é em Sagan em quem a Bora-Hansgrohe aposta tudo, com Rafal Majka a estar "guardado" para a Volta a França.



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