7 de maio de 2016

E finalmente a Giant ganhou

(Fotografia: Twitter @GiantAlpecin)
É caso para dizer, se se vai esperar tanto tempo para ganhar então que seja para o fazer em grande. E assim foi. A Giant desesperava por uma vitória e ela chegou na Volta a Itália (era a única equipa do World Tour que ainda não tinha vencido este ano). Dificilmente podia ser mais especial: foi na primeira etapa, logo a camisola rosa fica na equipa; a tirada era na Holanda e foi o holandês Tom Dumoulin quem venceu; para ser ainda mais emotivo, nada como fazer o mesmo tempo que outro ciclista e ganhar nas milésimas de segundo (Primoz Roglic, da Lotto-Jumbo, acabou por ser o derrotado do dia).

Objectivo cumprido para a equipa e objectivo cumprido para Dumoulin, que havia dito que iria ao Giro para lutar pelos contra-relógios e não pela geral... Também o disse na Vuelta, no ano passado, e só perdeu a liderança na última etapa de montanha, por isso, a ver vamos. "Hoje sou um homem de sorte. Tenho consciência de como ganhei por tão pouco. Foi muito sofrimento, especialmente no final do percurso. Eu estou a sentir-me um pouco doente, com um vírus no estômago, mas também estou muito feliz", confessou Dumoulin, que salientou ainda como é especial ganhar no seu país.

E por falar em doença, Fabian Cancellara não conseguiu apresentar-se ao seu melhor no contra-relógio em Apeldoorn (9,8 quilómetros). O suíço da Trek-Segafredo anunciou no dia antes que estava doente e viu desaparecer a oportunidade de conquistar a camisola rosa, um dos seus objectivos da temporada de despedida. Foi impossível esconder a desilusão. "Fiz o melhor que pude porque não queria vir a Apeldoorn só para passear. Não queria voltar para casa. Espero recuperar nos próximos dias. Espero conseguir chegar a Itália", admitiu. Acrescentou que se tiver de perder tempo nos próximos dias para garantir que continua em prova, é o que fará: "Há outros objectivos para este Giro." Mesmo doente, Cancellara foi oitavo, a 14 segundos de Dumoulin.

Quem tem uma excelente oportunidade para vestir a camisola rosa nos próximos dias é Marcel Kittel. O sprinter da Etixx-QuickStep foi quinto, a 11 segundos do vencedor e agora é o favorito para vencer as próximas etapas em linha.

Nibali ganha vantagem entre os homens para a geral

Primeiro round para o italiano. Em menos de dez quilómetros pouco ou nada se pode dizer sobre os principais candidatos à vitória. Porém, Vincenzo Nibali (Astana) já ganhou vantagem aos seus rivais. Mikel Landa (Sky) ficou a 21 segundos, mas o espanhol até admitiu que não foi um mau resultado. Ainda assim, 21 segundos em 9,8 quilómetros, quando for o contra-relógio de 40...

Quanto a Alejandro Valverde (Movistar), perdeu apenas cinco segundos e não deverá estar particularmente preocupado. Majka (Tinkoff), Zakarin (Katusha) e Uran (Cannondale) têm quase 20 segundos de desvantagem para Nibali.

Quanto muito, este resultado serve para motivar o italiano. "Posso estar mais do que satisfeito. Há sempre um nervosismo com a aproximação de uma grande volta e é bom começá-la. Foi um contra-relógio muito explosivo e tive de fazer um grande esforço. Uma etapa já está e agora temos de pensar sobre o que vem a seguir", afirmou o ciclista da Astana.

Feitas as apresentações nesta primeira etapa, o Giro vai agora ter o pelotão todo junto e dar o protagonismo na Holanda aos sprinters. Na segunda etapa serão 190 quilómetros entre Arnhem e Nijmegen.



Confira aqui as classificações.

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