(Fotografia: Katusha-Alpecin) |
A escolha de Tiago Machado não é uma surpresa. Ficou de fora do Giro e tem mostrado boa forma. A queda no Critérium du Dauphiné foi um susto, mas de imediato a decisão foi abandonar para garantir que o português recuperava a tempo de integrar a equipa no Tour. Aos 31 anos, a experiência de Machado será um factor importante numa equipa sem líder para a geral (Ilnur Zakari fez o Giro e vai à Vuelta). Se Martin vai apostar tudo no contra-relógio inicial e Kristoff terá uma missão difícil para bater Peter Sagan, Marcel Kittel e André Greipel (Mark Cavendish é a grande incógnita do momento), a equipa precisa de homens com capacidade de lutar por outras etapas, entrando em fugas. O norueguês não tem demonstrado capacidade para bater os grandes nomes do sprint e também passou ao lado da época de clássicas. Tiago Machado terá naturalmente o papel de ajudar também Kristoff nas etapas planas, mas os responsáveis da Katusha-Alpecin, entre eles José Azevedo, certamente que também querem explorar o lado atacante do português. É um ciclista com capacidade para integrar fugas, pelo que é possível que tenha liberdade para o fazer em algumas tiradas. Será a nona grande volta de Machado, sendo a terceira presença no Tour, depois de 2014 e 2015.
Marco Haller, Reto Hollenstein e Rick Zabel serão os três ciclistas que irão ajudar Kristoff nos sprints, com destaque para o jovem alemão de 20 anos. Zabel fará a estreia no Tour quase uma década depois do pai ter terminado a carreira. Erik Zabel ainda detém o recorde de camisolas verdes (dos pontos) no Tour: seis. Peter Sagan vai este ano tentar igualar.
Robert Kiserlowvski, Maurits Lammertink e Nils Politt fecham a equipa da Katusha-Alpecin para o Tour de 2017.
Dos portugueses no World Tour, a Tiago Machado deverá juntar-se André Cardoso. O ciclista é um dos mais fortes candidatos da Trek-Segafredo a estar no apoio a Alberto Contador. Nelson Oliveira está pré-convocado pela Movistar, mas a queda no Paris-Roubaix obrigou-o a parar muito tempo, pelo que não seria de estranhar se fosse poupado a pensar na Vuelta. José Mendes não vai à Volta a França. Depois do Giro, o campeão nacional deverá ser hipótese da Bora-Hansgrohe para a Vuelta. O mesmo é provável que aconteça com José Gonçalves, que ficou de fora do nove da Katusha-Alpecin. Os jovens Nuno Bico (Movistar) e Ruben Guerreiro (Trek-Segafredo) estão ainda em fase de evolução, pelo que a oportunidade chegará a seu tempo. Rui Costa (UAE Team Emirates) apostou este ano no Giro. O Tour é a sua paixão, mas não está descartada a possibilidade de optar este ano pela Volta a Espanha.
Outras equipas confirmaram escolhas
A Bora-Hansgrohe anunciou quem estará no apoio a Peter Sagan e Rafal Majka: Maciej Bodnar, Emanuel Buchmann, Marcus Burghardt, Jay McCarthy, Pawel Poljanski, Rüdiger Selig e o irmão do campeão do Mundo e da Europa, Juraj Sagan. Majka será aposta para a geral, com Peter Sagan a querer mais umas etapas e a sexta camisola verde.
Romain Bardet quer quebrar o longo jejum de vitórias francesas no Tour e terá a seu lado Alexis Vuillermoz, Mathias Frank, Axel Domont, o estreante Pierre Latour e Oliver Naesen. Ficam por preencher três vagas por parte da AG2R.
A Sunweb terá um panorama idêntico ao da Katusha-Alpecin. O seu líder, Tom Dumoulin (que hoje revalidou o título de campeão nacional de contra-relógio), vai à Vuelta depois da brilhante vitória no Giro, o que significa que a equipa irá apostar no seu sprinter Michael Matthews. Nikias Arndt, Ramon Sinkeldam, Mike Teunissen, Albert Timmer e Roy Curvers vão apoiar o australiano. Warren Barguil irá perseguir vitórias nas montanhas, com a ajuda de Laurens ten Dam e Simon Geschke.
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