Ruben Guerreiro "trocou" o título nacional de sub-23 pelo de elite. Na primeira vez que competiu nesta categoria vestiu a camisola que agora irá envergar no pelotão internacional, ao serviço da Trek-Segafredo. "Foi uma corrida bastante dura e eu cheguei quase sem energias. Os últimos metros foram muito duros, mas assim sabe muito melhor e todo o esforço foi recompensado", salientou ao Volta ao Ciclismo.
É um ano de estreias para o jovem ciclista que estava em Gondomar com a perspectiva de ajudar André Cardoso, mas as circunstâncias da corrida ditaram que fosse o corredor de Pegões Velhos a ficar na frente, enquanto o gondomarense, ao ficar para trás, começou a pensar na Volta a França e acabou por abandonar, curiosamente num circuito que ele próprio desenhou. "Eu nunca pensei ganhar os Nacionais, mas tentei chegar no meu melhor nível. A solução passava por formar uma equipa com André Cardoso. Eu queria ajudá-lo. Ele estava a correr em casa e com a ida à Volta à França seria um prémio justo se fosse campeão nacional", referiu Ruben Guerreiro.
Aos 22 anos, aquele que no início da temporada foi considerado um dos talentos a seguir na estreia no World Tour pelos meios de comunicação especializados, vai agora vestir de facto a camisola de campeão nacional porque enquanto sub-23 acabou por não ter a oportunidade. Na Axeon Hagens Berman - onde evoluiu durante dois anos sob a batuta de Axel Merckx - fez provas de elite e não do escalão em que era campeão. "Estou bastante orgulhoso. Vai-me dar bastante motivação. Ainda mais! Mas será também uma grande responsabilidade e tentarei representar bem o país com esta camisola", salientou o ciclista que sucede a José Mendes (Bora-Hansgrohe)
Ruben Guerreiro começou muito bem a temporada na Austrália, tendo chegado a liderar a classificação da juventude no Tour Down Under, além de dois top dez em etapas. Porém, problemas nos dentes do siso acabaram por afastar o ciclista das corridas. Abandonou na Cadel Evans Great Ocean Road Race e na quarta tirada da Volta ao Algarve a equipa resolveu que deveria recuperar devidamente do problema que o estava a limitar. "Estive dois/três meses para recuperar", recorda. Mas o pior já passou e na Trek-Segafredo a confiança é grande sobre o que Ruben Guerreiro pode vir a dar. "Nesta equipa sinto-me bastante acolhido. Eles gostam de jovens corredores e sempre confiaram em mim. É um orgulho estar nesta formação."
A conquista do título nacional é uma forma de também dizer aos responsáveis da equipa americana que está de novo bem e pronto para discutir vitórias. E a primeira vez que irá vestir a camisola de campeão será na Volta a Polónia, que começa na quinta-feira.
Mas antes haverá tempo para festejar e a seu lado estará o amigo Rafael Reis (Caja Rural) que foi segundo no contra-relógio e não terminou a corrida em linha. Tal como a corrida de sub-23, muitos ciclistas encontraram enormes dificuldades num percurso duríssimo e que fez com que 31 dos 52 corredores que alinharam à partida não terminassem a prova.
"Não é um percurso assim tão duro", destacou o autor, André Cardoso. Visto ser a sua terra foi convidado a escolher como seria a corrida em Gondomar. É a Cidade Europeia do Desporto em 2017 e, por isso, neste domingo houve mais dois eventos que até obrigaram Cardoso a excluir alguns locais. "Tínhamos de fazer um percurso que também prendesse estas pessoas que estão aqui para nos apoiar e não considero que tivesse uma dureza excessiva. Se comparámos com o de Braga [onde se realizaram os Nacionais em 2015 e 2016], no ano passado tivemos quatro mil de desnível e este ano tinha no máximo 3800", afirmou Cardoso ao Volta ao Ciclismo. Acabou mesmo por dizer, bem disposto a poucos dias de se estrear no Tour: "Não se pode agradar a todos."
Domingos Gonçalves perto da dobradinha
A corrida foi atacada desde cedo, mas houve muitas mexidas durante os 177 quilómetros. Domingos Gonçalves destacou-se e parecia que dificilmente perderia o que seria uma fantástica dobradinha, depois de na sexta-feira ter conquistado o título de campeão de contra-relógio. Porém, uma queda na última volta deitou tudo a perder e o grupo perseguidor reentrou na luta. Na complicada subida na Avenida Mário Soares, Ruben Guerreiro foi o mais forte no sprint que deixou Rui Vinhas e Ricardo Vilela a três segundos.
Apesar dos dois terem ficado desiludidos por ver o título ali tão perto, mas a "fugir" para Guerreiro, a verdade é que o segundo lugar é mais um excelente resultado para o ciclista da W52-FC Porto, numa altura em que se aproxima a Volta a Portugal, corrida que surpreendeu ao vencer em 2016. Quanto a Vilela, ainda não foi desta que venceu ao serviço da Manzana Postobón.
Fim de estrada para os Campeonatos Nacionais de 2017 e aqui fica a classificação da prova de elite e em baixo outros campeões nacionais já conhecidos (algumas corridas realizam-se segunda e terça-feira):
Outros campeões:
É um ano de estreias para o jovem ciclista que estava em Gondomar com a perspectiva de ajudar André Cardoso, mas as circunstâncias da corrida ditaram que fosse o corredor de Pegões Velhos a ficar na frente, enquanto o gondomarense, ao ficar para trás, começou a pensar na Volta a França e acabou por abandonar, curiosamente num circuito que ele próprio desenhou. "Eu nunca pensei ganhar os Nacionais, mas tentei chegar no meu melhor nível. A solução passava por formar uma equipa com André Cardoso. Eu queria ajudá-lo. Ele estava a correr em casa e com a ida à Volta à França seria um prémio justo se fosse campeão nacional", referiu Ruben Guerreiro.
Aos 22 anos, aquele que no início da temporada foi considerado um dos talentos a seguir na estreia no World Tour pelos meios de comunicação especializados, vai agora vestir de facto a camisola de campeão nacional porque enquanto sub-23 acabou por não ter a oportunidade. Na Axeon Hagens Berman - onde evoluiu durante dois anos sob a batuta de Axel Merckx - fez provas de elite e não do escalão em que era campeão. "Estou bastante orgulhoso. Vai-me dar bastante motivação. Ainda mais! Mas será também uma grande responsabilidade e tentarei representar bem o país com esta camisola", salientou o ciclista que sucede a José Mendes (Bora-Hansgrohe)
Ruben Guerreiro começou muito bem a temporada na Austrália, tendo chegado a liderar a classificação da juventude no Tour Down Under, além de dois top dez em etapas. Porém, problemas nos dentes do siso acabaram por afastar o ciclista das corridas. Abandonou na Cadel Evans Great Ocean Road Race e na quarta tirada da Volta ao Algarve a equipa resolveu que deveria recuperar devidamente do problema que o estava a limitar. "Estive dois/três meses para recuperar", recorda. Mas o pior já passou e na Trek-Segafredo a confiança é grande sobre o que Ruben Guerreiro pode vir a dar. "Nesta equipa sinto-me bastante acolhido. Eles gostam de jovens corredores e sempre confiaram em mim. É um orgulho estar nesta formação."
A conquista do título nacional é uma forma de também dizer aos responsáveis da equipa americana que está de novo bem e pronto para discutir vitórias. E a primeira vez que irá vestir a camisola de campeão será na Volta a Polónia, que começa na quinta-feira.
Mas antes haverá tempo para festejar e a seu lado estará o amigo Rafael Reis (Caja Rural) que foi segundo no contra-relógio e não terminou a corrida em linha. Tal como a corrida de sub-23, muitos ciclistas encontraram enormes dificuldades num percurso duríssimo e que fez com que 31 dos 52 corredores que alinharam à partida não terminassem a prova.
"Não é um percurso assim tão duro", destacou o autor, André Cardoso. Visto ser a sua terra foi convidado a escolher como seria a corrida em Gondomar. É a Cidade Europeia do Desporto em 2017 e, por isso, neste domingo houve mais dois eventos que até obrigaram Cardoso a excluir alguns locais. "Tínhamos de fazer um percurso que também prendesse estas pessoas que estão aqui para nos apoiar e não considero que tivesse uma dureza excessiva. Se comparámos com o de Braga [onde se realizaram os Nacionais em 2015 e 2016], no ano passado tivemos quatro mil de desnível e este ano tinha no máximo 3800", afirmou Cardoso ao Volta ao Ciclismo. Acabou mesmo por dizer, bem disposto a poucos dias de se estrear no Tour: "Não se pode agradar a todos."
Domingos Gonçalves perto da dobradinha
A corrida foi atacada desde cedo, mas houve muitas mexidas durante os 177 quilómetros. Domingos Gonçalves destacou-se e parecia que dificilmente perderia o que seria uma fantástica dobradinha, depois de na sexta-feira ter conquistado o título de campeão de contra-relógio. Porém, uma queda na última volta deitou tudo a perder e o grupo perseguidor reentrou na luta. Na complicada subida na Avenida Mário Soares, Ruben Guerreiro foi o mais forte no sprint que deixou Rui Vinhas e Ricardo Vilela a três segundos.
Apesar dos dois terem ficado desiludidos por ver o título ali tão perto, mas a "fugir" para Guerreiro, a verdade é que o segundo lugar é mais um excelente resultado para o ciclista da W52-FC Porto, numa altura em que se aproxima a Volta a Portugal, corrida que surpreendeu ao vencer em 2016. Quanto a Vilela, ainda não foi desta que venceu ao serviço da Manzana Postobón.
Fim de estrada para os Campeonatos Nacionais de 2017 e aqui fica a classificação da prova de elite e em baixo outros campeões nacionais já conhecidos (algumas corridas realizam-se segunda e terça-feira):
- Ruben Guerreiro (Trek-Segafredo), 4:36.25 horas
- Rui Vinhas (W52-FC Porto), a 3 segundos
- Ricardo Vilela (Manzana Postobón), m.t.
- José Gonçalves (Katusha-Alpecin), a 9
- Frederico Figueiredo (Sporting-Tavira), a 13
- António Carvalho (W52-FC Porto), a 24
- Domingos Gonçalves (Rádio Popular-Boavista), a 32
- Tiago Machado (Katusha-Alpecin), a 2:46 minutos
- João Rodrigues (W52-FC Porto), m.t.
- César Fonte (LA Alumínios-Metalusa-BlackJack), m.t.
- Rafael Silva (Efapel), a 2:48
- Joni Brandão (Sporting-Tavira), m.t.
- Henrique Casimiro (Efapel), a 2:55
- David Rodrigues (W52-FC Porto), m.t.
- Joaquim Silva (W52-FC Porto), a 8:40
- Daniel Freitas (W52-FC Porto), m.t.
- Afonso Luís (LA Alumínios-Metalusa-BlackJack), m.t.
- Sérgio Paulinho (Efapel), m.t.
- Rui Souda (Rádio Popular-Boavista), m.t.
- José Ferreira (W52-FC Porto), m.t.
- José Mendes (Bora-Hansgrohe), m.t.
Outros campeões:
- Holanda: Ramon Sinkeldam (Sunweb)
- Áustria: Gregor Mühlberger (Bora-Hansgrohe)
- República Checa: Zdenek Stybar (Quick-Step Floors)
- Eslováquia: Juraj Sagan (Bora-Hansgrohe)
- Bélgica: Oliver Naesen (AG2R)
- França: Arnaud Démare (FDJ)
- Espanha: Jesús Herrada (Movistar)
- Alemanha: Marcus Burghardt
- Suíça: Silvan Dillier (BMC)
- Polónia: Adrian Kurek (CCC Sprandi Polkowice)
- Letónia: Krists Neilands (Israel Cycling Academy)
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