6 de junho de 2017

Sunweb tranca Dumoulin a sete chaves

(Fotografia: Team Sunweb)
A vitória na Volta a Itália acelerou o processo de renovação de Tom Dumoulin. A Sunweb tem a sua nova mina de ouro e agora para as três semanas. Marcel Kittel e John Degenkolb contribuíram muito para o crescimento desta estrutura, que agora quer afirmar-se como uma potência nas grandes voltas. O Giro foi a primeira conquista. A Sunweb aponta agora ao objectivo máximo: a Volta a França e à quebra da hegemonia da Sky. A equipa alemã não fez por menos e deu um sinal bem claro a quem pudesse estar a pensar em contratar Tom Dumoulin. O holandês assinou um contrato até 2022, algo pouco usual no ciclismo actual e só ao alcance das principais estrelas da modalidade. Neste momento, nenhum dos grandes nomes do ciclismo tem um contrato tão extenso.

Quanto a valores, para já, não se sabe nada, mas certamente que terá recebido um bom aumento. Dumoulin só terminava a ligação à Subweb em 2019, mas a equipa não quis esperar, percebendo que o holandês tornou-se apetecível para muita gente. Um dos patrocinadores mais fortes, a Alpecin, trocou o projecto alemão pela Katusha e a Giant voltou a ser apenas o fornecedor de bicicletas. Porém, a conquista do Giro poderá atrair novos e fortes patrocínios, algo bastante necessário se a Sunweb quer cumprir as promessas feitas a Dumoulin.

Nada é público, mas não é difícil perceber que uma das condições para trancar a sete chaves Dumoulin é o reforço da equipa. Apesar de Dumoulin ter pedido a permanência de Wilco Kelderman e Laurens ten Dam, contudo, é preciso mais e principal melhor. Terá sido precisamente isso que a Sunweb prometeu.

"Estou mesmo feliz nesta equipa e, por isso, renovar o contrato é algo natural para mim. A filosofia da equipa assenta-me bem. Apesar da exigência, sei que vou continuar a evoluir como ciclista e juntos vamos fazer com que fiquemos mais fortes", salientou Dumoulin. O holandês, de 26 anos, recordou como tem crescido com a equipa. Depois de passar pela estrutura de desenvolvimento da Rabobank, Dumoulin assinou pela Argos Shimano em 2012, uma equipa muito jovem e que contou nesse ano com um estagiário Ian Boswell, actualmente corredor da Sky, além das futuras estrelas Kittel e Degenkolb

Nos primeiros anos, a então Argos-Shimano - depois entrou a Giant e mais tarde a Alpecin e Sunweb tornou-se patrocinador principal em 2017 - teve o sprinter Marcel Kittel como a grande estrela, seguido de perto por John Degenkolb. A mentalidade da equipa agora é outra, depois de ambos os ciclistas terem optado por prosseguir a carreira noutras paragens (Quick-Step Floors e Trek-Segafredo, respectivamente).

O talento de Dumoulin despontou na Vuelta de 2015 que esteve tão perto de ganhar, mas que acabou por lhe escapar na última etapa de montanha para Fabio Aru. Em 2017 chegou a confirmação. Dumoulin está feito num voltista e a Sunweb quer aproveitar para se transformar numa potência e medir forças de igual para igual com a Sky e a Movistar no Tour já em 2018. Este ano, depois do Giro, Tom Dumoulin está tentado em tentar conquistar a Volta a Espanha.

Confirmada a longa renovação, agora é esperar para ver quem é que a Sunweb vai colocar ao lado de Dumoulin e quanto é que estará disposta a pagar para formar uma equipa forte. De recordar que o mercado de transferências abre a 1 de Agosto, pelo que nesta altura já se começa a verificar algumas movimentações nos bastidores. E há muito bom ciclista em final de contrato (veja aqui).


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