20 de abril de 2016

Flèche Wallonne: eis Valverde

(Foto: Twitter @alejanvalverde)
Concentrado na preparação para a Volta a Itália, o início de ano de Alejandro Valverde tem sido um pouco diferente. Vitorioso, mas mais discreto (conquistou a Ruta del Sol e a Volta a Castela e Leão, esta última corrida no domingo). Participar nas próximas duas clássica das Ardenas até pode nem ser o calendário preferido de um ciclista que esteja a pensar no Giro, mas Valverde não consegue resistir. Afinal ganhou a Flèche Wallonne e a Liège - Bastogne - Liège três vezes cada uma. No ano passado venceu as duas.

O ciclista da Movistar chega a estas clássicas como o preferido e nem o discurso que não está na forma necessária para as conquistar novamente lhe retira esse estatuto. É difícil não dizer: eis Valverde. Mesmo não estando a 100%, certamente que o espanhol irá lutar pela vitória.


Um dos seus principais adversários esta quarta-feira poderá ser Joaquim Rodríguez. O ciclista da Katusha não tem estado bem em 2016, mas aquele Muro de Huy é quase perfeito para as suas características e para repetir o triunfo de 2012.

Porém, esta poderá ser uma clássica para Etixx-QuickStep. O jovem Julian Alaphilippe lidera a equipa belga, mas os olhos estarão mais fixados em Daniel Martin. O irlandês parece ter finalmente encontrado a equipa perfeita. Já soma duas vitórias este ano, precisamente em etapas (Volta à Comunidade Valenciana e Volta à Catalunha) com chegadas após subidas não muito longas, mas duras.

Com Philppe Gilbert (BMC) a colocar-se fora dos candidatos devido ao dedo fracturado com que vai voltar a competir, há ainda assim outros candidatos a colocarem-se entre os favoritos. A Orica-GreenEDGE vai agora apostar em Michael Albasini, enquanto a Sky tem Sergio e Sebastián Henao, enquanto Wout Poels pode surpreender.

Diego Rosa (Astana), Samuel Sanchez (um possível plano B para BMC), Roman Kreuziger (Tinkoff) e Enrico Gasparotto (Wanty) são ciclistas a ter em conta. No caso do italiano, volta a entrar no radar do pelotão depois de ter batido a concorrência na Amstel Gold Race, no domingo.

E claro: Rui Costa. O português esteve bem na primeira corrida das Ardenas (17º) e o Muro de Huy não assusta o campeão do mundo de 2013, até porque, além da capacidade física, esta subida requer muita inteligência para atacar no momento certo. No entanto, há que recordar que é a Liège - Bastogne - Liège o principal objectivo desta semana para Rui Costa.

E dos portugueses é aquele que se poderá ver a lutar pela vitória. Mário Costa, também da Lampre, e Tiago Machado (Katusha) deverão trabalhar para os seus líderes.

Muro de Huy: força e táctica

O Muro de Huy é das subidas mais populares no ciclismo. 1,3 quilómetros, com 9,6% de inclinação média, que chega a ter 23% e máxima. Um muro! Esta subida revela quem são os melhores tacticamente, pois, muito simplesmente, quem ataca cedo mais, pode acabar bastante mal, quem espera demasiado, pode não ter tempo para recuperar tempo perdido para outro ciclista. O timing é tudo... ou quase.

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