2 de abril de 2016

Volta a Flandres procura o seu rei na 100ª edição

Fabian Cancellara está no centro das atenções. A decisão de terminar a carreira este ano tornou ainda mais especial a 100ª edição da Volta a Flandres. O que mais se deseja é um último frente-a-frente com Tom Boonen, afinal desde 2010 que tal não acontece (muito por culpa de lesões). Então foi Cancellara quem venceu de forma épica. Os dois têm três vitórias cada nesta clássica do pavé. Um deles pode tornar-se o rei da Flandres e Cancellara quer esse estatuto para assim acabar a carreira em grande.

Entre os dois, o suíço da Trek é claramente favorito. Já soma quatro triunfos este ano (incluindo o contra-relógio na Volta ao Algarve e a Strade Bianche), enquanto o belga da Ettix ainda não venceu e, principalmente, ainda não convenceu. Mas Boonen certamente que aponta aparecer ao seu melhor na Volta a Flandres, uma das suas competições de eleição, a par do Paris-Roubaix.

Apesar do muito desejado embate entre dois ciclistas - que formam uma das maiores rivalidades da história do ciclismo, no que diz respeito a clássicas -, os principais adversários de Cancellara deverão ser aqueles que procuram o primeiro monumento: Peter Sagan, Greg van Avermaet e Michal Kwiatkowski em destaque, mas também há que ter atenção a Jurgen Roelandts (terceiro em 2013), Sep Vanmarcke e a Zdenek Stybar, uma das três opções da Etixx-QuickStep. Há ainda curiosidade para ver o jovem talento da Trek, Jasper Stuyven, mas terá sempre o "problema" de ter Cancellara como líder.

Depois há quem procure somar mais um monumento ao currículo, como Alexander Kristoff (vencedor do ano passado), Niki Terpstra (a outra opção da Etixx, um plano B caso Boonen não consiga entrar na luta) e Arnaud Démare que venceu o primeiro do ano, Milan-San Remo.


São 255,9 quilómetros entre Bruges e Oudenaarde, com 18 sectores de pavé, incluindo Koppenberg, que chega a ter 22% de inclinação. Este domingo espera-se por um embate real entre Cancellara e Boonen pelo simbolismo que tal luta representa em ano do adeus do suíço e numa altura em que o belga também se aproxima do final da carreira. Não se podia pedir melhor para uma 100ª edição. No entanto, são vários os fortes candidatos a tornar a Volta a Flandres de 2016 inesquecível.

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