(Fotografia: Katusha-Alpecin) |
"Começo a temporada em Down Under pois é uma das minhas provas preferidas e a equipa deu-me essa possibilidade de estar presente mais uma vez. As expectativas são as mesmas de todas as provas, defender bem as cores da minha equipa e fazer o melhor possível. É a primeira competição do ano e não sabemos como estamos", explicou Tiago Machado ao Volta ao Ciclismo. Será a terceira temporada na Katusha (agora Katusha-Alpecin), mas o facto de começar como líder numa competição World Tour não significa que o seu principal papel na equipa irá mudar. Porém, o ciclista está satisfeito com a forma como tem sido tratado na Katusha: "Graças a Deus não me posso queixar das oportunidades que são e foram dadas pela equipa. Agora é tentar corresponder ao que a equipa espera de mim."
O ciclista de 31 anos está concentrado em "tentar cumprir o que for exigido pela equipa" e realçou que está orgulhoso de ter sido gregário de grandes corredores. "Quando há ciclistas na equipa que dão mais garantias, há que trabalhar para eles para que cheguem o melhor possível às horas decisivas. Por isso, não encaro como uma 'prisão' ser gregário. Bem pelo contrário, é motivo de orgulho, pois nem todos se podem 'gabar' de serem gregários dos campeões que eu já tive a felicidade de ser", referiu.
"O José Azevedo está num posto tão importante por mérito próprio. É a pessoa mais profissional que vi, só assim se atinge o topo"
Em 2017, Tiago Machado terá a seu lado outro português. José Gonçalves estreia-se no World Tour e Machado acredita que "com a garra com que trabalha irá longe na carreira". E também admitiu que pode ser um bom sinal para ele próprio: "Ter alguém que fala o nosso idioma é sempre bom e nas minhas melhores temporadas tive sempre portugueses comigo. Vamos a ver se faço o mesmo este ano."
No entanto, há ainda outro português na Katusha e que este ano assumiu o cargo de director geral da formação. "O José Azevedo está num posto tão importante por mérito próprio. É a pessoa mais profissional que vi, só assim se atinge o topo. Um exemplo a seguir", frisou Tiago Machado.
Esta liderança de José Azevedo foi uma das muitas mudanças de que a equipa foi alvo. Entrou o patrocinador alemão Alpecin (marca de champôs), saiu a sua principal referência Joaquim Rodríguez, a formação trocou a nacionalidade russa pela suíça, o que fez com que também abandonasse um dos objectivos que levou à sua criação, isto é, dar espaço aos ciclistas russos. Dos 14 que estavam no plantel, só ficaram cinco. Um deles foi Ilnur Zakarin. Aos 27 anos é a grande esperança da equipa para vencer a grande volta que Rodríguez andou perto, mas nunca conseguiu.
"Julgo que [a Katusha] está melhor, mas esperemos pelos resultados na estrada"
Equipa já chegou à Austrália (Fotografia: Twitter Tour Down Under) |
No dia 17 (e até 22) irá então começar a temporada no Tour Down Under. Tiago Machado terá a seu lado José Gonçalves e os também reforços Maurits Lammertink e Baptiste Planckaert. Sven Erik Bystrom, Jhonatan Restrepo e o veterano de 39 anos Ángel Vicioso completam a equipa.
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