(Fotografia: Facebook Movistar) |
Com uma lista bem interessante de ciclistas em final de contrato e que podem mexer com o mercado de transferências quando abrir a 1 de Agosto, Nairo Quintana acabou de se tornar a potencial grande movimentação do ano. Na Movistar é quase impossível esconder o mal-estar entre o colombiano e o director Eusebio Unzue. O repto de fazer Giro/Tour tinha tudo para colocar o ciclista na história, mas acabou por se tornar num verdadeiro pesadelo e a época está agora a ser analisada, tanto pela equipa, como pelo atleta. Enquanto na Volta a França Quintana vai-se enterrando cada vez mais na classificação geral - perdeu mais 7:47 minutos e é 12º, a 12:54 de Chris Froome -, da Colômbia surgem notícias que a Sky e a Astana fizeram propostas ao ciclista. Apesar de ter contrato até 2019, Quintana estará tentado a quebrar contrato e mudar-se para outra estrutura.
As recentes declarações de Unzue sobre o seu líder terão sido a gota de água que fez transbordar o copo da paciência de Quintana. O director afirmou que o ciclista de 27 anos não foi brilhante no Giro e que só no Blockhaus tinha estado bem. Quintana foi segundo na Volta a Itália, depois de perder a maglia rosa na última etapa para Tom Dumoulin, no contra-relógio. O Tour é para esquecer e a família do ciclista já saiu em sua defesa. O pai acusa Unzue de ter obrigado Quintana a fazer as duas grandes voltas, algo que Quintana não queria, pois o objectivo era ganhar a Volta a França, a que lhe falta no currículo. Quando questionado quem tinha decidido fazer as duas corridas, Unzue disse, segundo o El País, que houve um mútuo acordo. Mas de quem foi a ideia? A resposta voltou a ser foi mútua.
Quando o percurso do Giro100 foi anunciado, Quintana foi um dos ciclistas que elogiou as etapas. No Natal anunciou que ia estar em Itália, com Unzue a desmentir. Mais tarde, o director confirmou que era mesmo a escolha tentar fazer a dobradinha que ninguém consegue desde Marco Pantani em 1998.
A Movistar sonhou alto, mas tudo se desfez com estrondo. Alejandro Valverde estava a compensar a época infeliz de Quintana (seja lhe dado o mérito próprio: estava a fazer a temporada da Movistar em termos de vitórias), mas a equipa perdeu o espanhol na primeira etapa do Tour e também a Vuelta poderá tornar-se uma missão difícil para ganhar, com Valverde de fora o resto do ano.
A rádio colombiana RCN avançou que a Sky e a Astana querem contar com Quintana já em 2018. São duas equipas com potencial financeiro para o fazer, não só na questão de pagar ao ciclista, mas também numa eventual compensação à Movistar. A Astana pode perder Fabio Aru para a UAE Team Emirates, já a Sky parece estar resignada a ver Mikel Landa mudar-se precisamente para a Movistar. No entanto, ter Quintana na equipa quando Chris Froome ainda continua em alta seria algo muito complicado de gerir, visto que os dois têm o objectivo do Tour. O britânico já afirmou que quer chegar às cinco vitórias e juntar-se ao restrito grupo que alcançou a marca.
De salientar que não há qualquer confirmação oficial da alegada intenção de Quintana, ou das ofertas da Sky e Astana. Eusebio Unzue já garantiu que o colombiano vai ficar e que tem contrato para cumprir até 2019. O director realçou que depois de terminar a Volta a França será feita uma análise profunda para tentar perceber o que correu mal e porquê. Mas o facto que ninguém altera, é que Quintana passou um ano sem vitórias na geral de uma grande volta, perdendo o Giro para um surpreendente Dumoulin e sendo uma sombra de si próprio no Tour, onde nem no top dez deverá terminar. Há muito a analisar e provavelmente algumas pazes a fazer para que Nairo Quintana recupere a alegria, confiança e motivação.
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