(Fotografia: Twitter Mikel Landa) |
O futuro de Mikel Landa começou a ser discutido ainda antes da Volta a França. Para Eusebio Unzué é um amor antigo. Já por duas vezes que o director da Movistar tentou levar Landa para a equipa, mas da primeira vez acabou na Astana e depois foi para a Sky. Ainda antes de ser conhecido o interesse da equipa espanhola, foi a Bahrain-Merida que surgiu como possível destino. A equipa quer investir em mais um líder além de Vincenzo Nibali, mas o projecto, mesmo sendo milionário, não parece interessar muito a Landa. Ainda menos estará no seu horizonte regressar à Astana, que se arrisca a perder Fabio Aru.
Na mais recente entrevista, Mikel Landa falou apenas de duas equipas: "A Movistar é uma possibilidade. É uma equipa séria e eu gosto como trabalha. E se não for a Sky é possível que seja a Movistar." À Cadena SER o ciclista admitiu que está consciente da dificuldade em encontrar um lugar numa equipa que o leve como líder ao Tour, ainda que esse seja agora o seu desejo. Até recentemente, o espanhol sempre realçou a sua preferência em apostar no Giro. Porém, depois de ter percebido nesta Volta a França que está mais do que preparado para lutar pela Grande Boucle, claramente as preferências mudaram.
"Estamos a conversar com a Sky e demos dois dias de margem para regressar à normalidade. Também falei com o Froome, que agora está concentrado na Vuelta. Disse-me que ficaria feliz se eu continuasse na equipa e agradeceu-me pelo trabalho que fiz. Não sei se para o ano o meu objectivo será o Tour ou o Giro, mas é difícil encontrar um lugar numa equipa para a Volta a França", salientou Landa.
A experiência na Sky tem sido marcada por frustrações. Quando chegou em 2016 seria o líder para o Giro, mas acabou por abandonar devido a uma gastroenterite. Foi perdendo algum crédito, enquanto Geraint Thomas aparecia cada vez com pretensões legítimas a uma liderança. Em 2017 partilharam-na no Giro, mas ambos foram ao chão no incidente com uma moto da polícia. Thomas acabaria por ir para casa mais cedo, Landa lutou e conseguiu ganhar uma etapa e a classificação da montanha. No Tour estava claramente numa excelente forma. Fez frente a Froome, mas ao deixar o líder sozinho no final de uma etapa, que acabou por resultar na perda da camisola amarela, essa atitude provocou algum mal-estar.
A estabilidade na Sky nunca foi total, mas Landa foi colocado no seu lugar. Foi ajudando Chris Froome, contudo, era claro que não abandonava por completo a ideia de alcançar um bom resultado pessoal. Falhar o pódio por um segundo custou-lhe e muito a digerir.
Ficar na equipa britânica será pouco credível, até porque Geraint Thomas está em condições de ameaçar uma liderança no Giro e no Tour, Froome ainda vai manter-se como o indiscutível número um da Sky. O problema é que na Movistar é mais do que provável que Landa tenha de esperar mais um ano, pelo menos, antes de ir ao Tour como líder. Nairo Quintana teve um ano para esquecer, mas em 2018 será o regresso ao sueño amarillo.
Enquanto que com Chris Froome terá de esperar que o britânico ou abdique do Tour ou se retire, já com Nairo Quintana, Landa poderá tentar ameaçar o lugar do colombiano. Quintana não poderá falhar mais correndo o risco de ser ultrapassado na hierarquia. A relação com Eusebio Unzué já viveu melhores dias e a pressão para 2018 será maior do que nunca. Até já se falou que o ciclista poderia estar de saída da equipa, quebrando contrato, mas o próprio já desmentiu esse cenário.
Aos 27 anos Mikel Landa quer dar o passo decisivo para finalmente ganhar uma grande volta. Talvez tenha mesmo de regressar ao objectivo inicial do Giro, mas já se quer ver o espanhol a lutar também por uma Volta a França. A decisão não é fácil, ainda mais se realmente as suas opções estiverem reduzidas à Sky e Movistar.
Teremos de esperar por 1 de Agosto para que a resolução do futuro de Landa seja oficialmente anunciada. Para já, confirmado está a presença de Landa na Clássica de San Sebastián e na Volta a Burgos, seguindo-se uma fase de descanso, talvez a pensar nos Mundiais. O ciclista afirmou que ainda não falou com o seleccionador espanhol, Javier Mínguez, sobre a possibilidade de ir a Bergen, mas não afasta essa hipótese.
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