O mau tempo que tanto costuma marcar o Giro deu este ano tréguas em Itália, mas atacou o Tour fazendo vítimas. Além de Valverde, a Bahrain-Merida perdeu o seu líder, Ion Izagirre, curiosamente ex-Movistar. Um pouco de chuva e a ver vamos se as contas não vão mesmo a começar a ser feitas logo com a influência na primeira etapa. Sem Valverde a Movistar fica debilitada. Isso é um facto que vai obrigar a mudar a forma de actuar da equipa e poderá fazer tremer Quintana, que muito confiava na ajuda do espanhol que tem estado numa super forma em 2017.
A chuva fez com que muitos ciclistas tivessem mais cuidado, o que também se traduziu em diferenças maiores do que o esperado e um vencedor que não se pode dizer que tenha sido uma surpresa, mas dá uma demonstração que poderá estar numa melhor forma do que o próprio quis deixar entender antes do arranque em Düsseldorf.
A versão de Thomas que era para lutar pelo Giro
Geraint Thomas não escondeu o espanto por ter ganho o contra-relógio, que permite que vista a camisola amarela. E é mesmo caso para dizer, o Tour mal começou e a Sky já veste a cor que tanto gosta e está habituada. Depois de um Giro estragado por uma queda provocada por uma péssima paragem de uma moto da polícia, o britânico ainda foi ao contra-relógio fazer segundo atrás de Tom Dumoulin e eventual vencedor da Volta a Itália. Desistiu depois e agora recebe a recebe a recompensa que não chegou no momento em que desejava. "Não tenho tido sorte este ano. É espectacular alcançar esta vitória", afirmou.
Passou uma parte do tempo a pensar que este ou aquele ciclista acabaria por o tirar da liderança. Não aconteceu e Thomas parte para as primeiras etapas em linha com cinco segundos de vantagem sobre Stefan Küng (BMC) e sete sobre o colega Vasil Kiryienka, campeão do mundo da especialidade em 2015. Tony Martin (Katusha-Alpecin), que tinha a tirada de Düsseldorf como principal objectivo da temporada, foi quarto, com mais oito segundos.
A outra conquista da Sky
A chuva não afectou a formação britânica, que além da amarela viu aquele que quer que esteja com a camisola em Paris daqui a três semanas ganhar tempo à concorrência. E a distância já é de respeito. Já são mais de 30 segundos o que separa Chris Froome dos principais adversários. Alberto Contador ficou a 42 do britânico e a Trek-Segafredo certamente que ficou algo desconfortável com a prestação do espanhol.
Com um contra-relógio a abrir, mesmo sendo curto, é normal que se façam algumas diferenças. Mas este Tour teve um início atípico, ainda que com algo bem típico: a Sky está em grande e a corrida só tem 14 quilómetros!
Será que se pode arriscar que isto promete? É melhor esperar mais um pouco para evitar uma desilusão!
Veja aqui a classificação da primeira etapa.
A vez dos sprinters
Conhecido o primeiro camisola amarela, este domingo é a vez dos sprinters começarem a sua corrida. A grande dúvida é se Mark Cavendish estará em condições de medir forças com Marcel Kittel, André Greipel, Peter Sagan e restantes adversários. O britânico sofre de uma mononucleose e nem ele sabe bem como se irá apresentar. Não pensa bater o recorde de Eddy Merckx e uma vitória de etapa saberá a uma enorme conquista.
A etapa de 203,5 quilómetros, que levará o pelotão da Alemanha até à Bélgica, terá duas subidas de quarta categoria que servirão para determinar quem veste a camisola da montanha. Outro final que não seja ao sprint será uma surpresa.
Além dos nomes já referidos, de destacar ainda o embate que os franceses vão estar muito atentos. Nacer Bouhanni e Arnaud Démare vão estar novamente em confronto no Tour. Nenhum conta com vitórias de etapas na corrida apesar de nos últimos anos serem as referências do sprint gaulês. O primeiro foi preterido pela FDJ quando a equipa teve de escolher entre os dois. Bouhanni foi para a Cofidis e entretanto Démare ganhou menos vezes, mas tem um monumento, Milano-Sanremo, e é o campeão francês em título.
Summary - Stage 1 - Tour de France 2017 por tourdefrance_en
»»Esta Volta a França não é para amigos««
»»"Espero que no dia em que tiver alguma liberdade no Tour possa fazer alguma coisa bonita"««
A etapa de 203,5 quilómetros, que levará o pelotão da Alemanha até à Bélgica, terá duas subidas de quarta categoria que servirão para determinar quem veste a camisola da montanha. Outro final que não seja ao sprint será uma surpresa.
Além dos nomes já referidos, de destacar ainda o embate que os franceses vão estar muito atentos. Nacer Bouhanni e Arnaud Démare vão estar novamente em confronto no Tour. Nenhum conta com vitórias de etapas na corrida apesar de nos últimos anos serem as referências do sprint gaulês. O primeiro foi preterido pela FDJ quando a equipa teve de escolher entre os dois. Bouhanni foi para a Cofidis e entretanto Démare ganhou menos vezes, mas tem um monumento, Milano-Sanremo, e é o campeão francês em título.
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