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Conhecida a saída da Aviludo-Louletano ao fim de sete anos, em Espanha chegou a ser dado como possível De Mateos voltar ao seu país. Mas não. O espanhol vai continuar no pelotão nacional e na agora Antarte-Feirense o objectivo será novamente conquistar vitórias e, claro, de olhos postos na Volta a Portugal. É certo que nos dois últimos anos De Mateos, de 32 anos, "apagou-se" um pouco, mas soma dois pódios na Volta e seis vitórias de etapas, duas camisolas verdes (pontos), além de outros bons resultados, como a conquista da Clássica Aldeias do Xisto, em 2017.
É uma contratação surpresa, mas que faz a equipa regressar mais à sua génese. Ou seja, lutar por gerais e não só, como aconteceu quando Edgar Pinto era o líder. Mas se a chegada de Vicente García de Mateos é muito importante para esta formação, a possibilidade de contar com mais dois ciclistas de muita experiência também deixará certamente o director desportivo satisfeito. Bruno Silva (32 anos) e Rafael Silva (30) reencontram-se, depois de muitos anos juntos na Efapel. O primeiro esteve em 2020 na LA Alumínios-LA Sport.
A restante equipa prima pela juventude, algo habitual desde que este projecto arrancou em 2018. João Barbosa (23) regressa a casa, enquanto Venceslau Fernandes (24) terminou uma relação de quatro anos com a estrutura Kelly-Simoldes-UDO, durante a qual venceu uma Volta a Portugal do Futuro, em 2018. Inicia assim uma nova fase na sua carreira, na procura pela afirmação na elite.
Cinco reforços, cinco permanências
Bernardo Saavedra (22), Afonso Eulálio (19 anos) e António Ferreira (20) são três jovens que vão ter a oportunidade de continuar a evoluir na equipa, com Fábio Oliveira e Gonçalo Amado (ambos com 26 anos) a também renovarem o contrato e a terem mais uma possibilidade para se mostrarem, já que em 2020 não foi possível dado o escasso calendário.
A chegada da Antarte permite a Joaquim Andrade ter mais ambição para 2021, apostando então num Vicente García de Mateos talvez a precisar de dar um novo rumo à carreira, depois de duas temporadas mais discretas na formação algarvia. A de 2020, acaba por se resumir a uma Volta a Portugal muito distante do que já demonstrou ser capaz de fazer, depois de ter evoluído de um ciclista mais de sprints, para um trepador com capacidade de lutar por pódios na Volta a Portugal.
Rafael Silva poderá ser outra aposta para alcançar alguma vitória, sendo um ciclista que tem capacidade para discutir finais ao sprint. É ainda conhecido por ser um incansável homem de trabalho. Ou seja, é possível que tenha um papel parecido ao que João Matias teve na equipa, antes de sair em 2020 para a Aviludo-Louletano. Entre os jovens, alguma atenção para perceber como irá evoluir Bernardo Saavedra, ciclista que deixou indicações interessantes como sub-23. João Barbosa é outro corredor a seguir.
Regresso da Antarte e de Mário Rocha
Depois de ter abandonado a modalidade em 2016 por temer que o ciclismo português estivesse a caminhar para novos escândalos de doping, Mário Rocha está de regresso, desta feita ao lado do Feirense e apenas como patrocinador. Anteriormente também foi director desportivo, tendo estado no ciclismo cerca de 15 anos, antes de decidir sair. Crítico quanto à forma como a modalidade estava a ser conduzida, disse que voltaria quando se verificassem mudanças profundas.
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