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Com 25 vagas disponíveis (sete ciclistas em cada formação) foi preciso seleccionar as que receberiam convite. As portuguesas têm, desde que queiram, presença garantida, pelo que a enorme procura terá provocado algumas dores de cabeça à organização. Deixar duas equipas do World Tour de fora... não pode ter sido fácil.
As convidadas são: Astana-Premier Tech (Caz), Bora-hangrohe (Ale), Cofidis (Fra), Deceuninck-Quick-Step (Bel), Groupama-FDJ (Fra), Ineos Grenadiers (GB), Intermarché-Wanty-Gobert (Bel), Israel Start-Up Nation (Isr), Lotto Soudal (Bel), Team DSM (Ale), Trek-Segafredo (EUA) e UAE Team Emirates (EAU), todas formações que estiveram na edição de 2020 e algumas são já presença habitual nos últimos anos. Destaque para a Intermarché-Wanty-Gobert que este ano subiu de escalão, mas como ProTeam há alguns anos que não falha a Algarvia.
A estes nomes juntam-se dois regressos muito bem-vindos: a Jumbo-Visma (Hol) - que conquistou a corrida portuguesa em 2017 com Primoz Roglic - e a Movistar (Esp), equipa que conta com o português Nelson Oliveira.
De realçar também que entre estas 14 equipas está representado o top 9 do ranking mundial colectivo de 2020. Agora vamos entrar naquela fase de saber quem serão as grandes estrelas que vão viajar até ao sul do país, sendo que outra ansiedade passa pela incerteza se a corrida irá mesmo para a estrada.
A Volta ao Alentejo, que tinha data marca precisamente para um mês depois, vai ser adiada e, já se sabe, em tempo de pandemia é difícil haver garantia que as provas se realizem nas datas previstas, ou que se realizem de todo. Para já, a informação é que a Algarvia mantém os dias anunciados, com o percurso das cinco etapas a ser conhecido em breve.
Falta ainda referir as duas ProTeams que conseguiram o valioso convite. A Caja Rural é uma presença mais do que habitual em Portugal. Participa em várias corridas ao longo do ano no nosso país. A Rally Cycling também não é novidade e além de já ter estado no Algarve, em 2020 esteve na Edição Especial da Volta a Portugal e com uma parceria com a Lusíadas Saúde.
Pertencendo ao segundo escalão mundial, ProSeries, a Volta ao Algarve continua a consolidar-se com uma das melhores corridas de início de temporada. E nunca é de mais recordar: em 2020, a Algarvia foi a segunda melhor prova no circuito ProSeries, no que diz respeito à qualidade do pelotão. Só foi batida pela Volta a Burgos. No ranking geral, a prova portuguesa foi 17ª classificada, ficando à frente de provas do World Tour. Pode ver aqui o ranking, no site ProCyclingStats.
Esperemos que o covid-19 não troque as voltas de uma corrida que, ano após ano, traz alguns dos melhores ciclistas do mundo a Portugal, é uma excelente forma de promoção para a região e, numa altura em que o turismo caiu a pique, será importante para a hotelaria local.
De referir ainda que quase todos os portugueses no World Tour poderão estar no Algarve, já que as suas equipas estão entre as eleitas. A saber: João Almeida (Deceuncink-QuickStep), Rui Costa, Ivo e Rui Oliveira (UAE Team Emirates), o referido Nelson Oliveira (Movistar) e o estreante André Carvalho (Cofidis). A excepção é Ruben Guerreiro, pois a americana EF Education-Nippo há muito que não ruma ao sul de Portugal.
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