© Groupama-FDJ |
Thibaut Pinot era um homem zangado no final daquela caótica primeira etapa do Tour. O francês foi um dos muitos ciclistas que caiu, mas, o mais frustrante, foi que a sua queda aconteceu à entrada dos três quilómetros finais. Era a altura em que os comissários haviam decidido tirar o tempos, de forma a permitir que quem não estivesse interessado no sprint, pudesse desacelerar e terminar a etapa com calma. Porém, foi precisamente esse desaceleramento que provocou a queda de Pinot. Desde então, o líder da Groupama-FDJ, esteve discreto nas etapas com montanha realizadas e tem estado a realizar tratamentos durante mais de três horas por dia. Tudo para garantir que quando as grandes tiradas de montanha chegarem, possa estar em condições de lutar pela camisola amarela.
E essas etapas vão chegar já este fim-de-semana. Nada está a ser deixado ao acaso, pois a pancada que sofreu nas costas preocupa. Pinot tem assim um dia preenchido, antes e depois de competir. "Na terça-feira ele não estava a 100%", explicou ao jornal L'Equipe o médico da equipa, Jacky Maillot. Referiu que ainda não é o Pinot do Critérium du Dauphiné, que esteve perto de conquistar, após a desistência de Primoz Roglic (Jumbo-Visma). Foi segundo, a 29 segundos de Daniel Martínez, da EF Pro Cycling.
Porém, ficou desde logo a garantia de Maillot: "Ele está a melhorar. Terça-feira não foi um bom teste. Nos próximos dias vai melhorar. Podemos estar razoavelmente optimistas". O médico referia-se ao dia da primeira chegada em alto da Volta a França. Na quinta-feira, em mais um final com montanha pela frente, Pinot esteve novamente junto dos restantes candidatos, mantendo assim intocáveis as pretensões de finalmente conquistar a Volta a França. E esta sexta-feira, numa tirada marcada pelo vento, voltou a estar bem, num dia muito complicado para outros candidatos. Não houve montanha, mas também não houve um metro de descanso.
Os tratamentos
Os tratamentos
Os dias de Thibaut Pinot começam com 90 minutos de tratamento, com o osteopata e fisioterapeuta da Groupama-FDJ, tendo sessões de crioterapia e electroterapia. Segue depois para a etapa, mas quando termina, tem pela frente cerca de duas horas de massagem nas costas, o que faz com que muitas vezes só vá dormir por volta das 23 horas. Estará também a usar uma fita de cinesiologia na zona afectada.
O próprio Thibaut Pinot admitiu que domingo e segunda-feira foram dois dias muito difíceis, mas que na terça-feira já se sentiu melhor e a julgar pelo resultado da sexta etapa (quinta-feira), as indicações serão positivas. No entanto, este fim-de-semana será de muita montanha. No sábado haverá duas primeiras categorias e, pelo meio, a subida ao Port de Balès é de categoria especial. No domingo uma quarta categoria, duas terceiras e ainda duas primeiras terão de ser enfrentadas, antes do muito desejado dia de descanso.
Mas na Groupama-FDJ também há outra preocupação além de Thibaut Pinot. O jovem David Gaudu também caiu naquela etapa e tem passado por algumas dificuldades. Apesar de ter apenas 23 anos, está a cumprir a sua terceira Volta a França. Tornou-se num elemento essencial da equipa francesa na ajuda a Pinot. Pode mesmo dizer-se que é o seu principal gregário, mas até o director da equipa, Marc Madiot, admitiu após a queda que estava muito preocupado com o estado físico de Gaudu.
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