Aquela queda... Parecia que o difícil seria perder o Giro de 2016. Kruijswijk tinha estado simplesmente brilhante até que uma descida em condições meteorológicas pouco simpáticas colocaram um ponto final num sonho que estava tão perto de se tornar realidade. Aquele mortal para a neve... O holandês nunca esquecerá como deixou fugir a Volta a Itália. Mas é também por isso mesmo que aparece em 2017 muito motivado, ciente que é capaz de estar na luta, só que este ano terá um Nairo Quintana que tem tendência a impor-se.
Mas Kruijswijk não tem que ficar intimidado. Não tem nada a perder. É um ciclista de qualidade, sem que seja um prodígio. Mas não é preciso o ser para se ganhar. O seu estilo sóbrio e calculista de competir fazem com que passe despercebido em grande parte das corridas. Foi assim que entrou no Giro de 2016. Analisou os seus adversários e escolheu o momento certo para atacar.
Toda a sua preparação este ano foi feita a pensar no Giro. Apesar de ser um percurso mais duro que em 2016, Kruijswijk deverá adaptar-se sem grande dificuldade e tem a vantagem de se defender melhor no contra-relógio do que alguns dos seus adversários.
Toda a sua preparação este ano foi feita a pensar no Giro. Apesar de ser um percurso mais duro que em 2016, Kruijswijk deverá adaptar-se sem grande dificuldade e tem a vantagem de se defender melhor no contra-relógio do que alguns dos seus adversários.
Há naturalmente curiosidade para ver se o holandês consegue repetir o nível e não ficar conhecido como um acaso o que fez em 2016. Na Vuelta teve o azar de ir contra um pequeno poste na estrada, que provocou uma queda violenta. A Lotto-Jumbo tem grande esperança de ter um ciclista que possa, no mínimo, chegar ao pódio no Giro100.
Tudo por Zakarin. Depois do flop que foi Alexander Kristoff na época das clássicas (e a vitória desta segunda-feira na Eschborn-Frankfurt não altera esse facto), a Katusha-Alpecin aposta quase tudo o que tem no russo. Pensava-se que depois de nos dois últimos anos Ilnur Zakarin ter somado bons resultados na Volta a Itália, que seria aposta para o Tour. Porém, o ciclista e a equipa vêem no Giro uma oportunidade de vencer, já que na Volta a França já se sabe: bater Froome e a Sky é uma missão demasiado difícil.
Zakarin falhou o pódio há um ano devido a uma queda assustadora durante uma descida. Enquanto Kruijswijk caiu na neve, o russo ainda desceu uma parte de uma ribanceira. É um ciclista de grande qualidade para as corridas de três semanas e com a retirada de Joaquim Rodríguez, a Katusha-Alpecin colocou Zakarin como o número um, sem discussão, da equipa para as grandes voltas.
O director da formação suíça, José Azevedo, acredita que Zakarin está pronto para se debater pela vitória no Giro, mesmo que a concorrência seja mais forte do que nos anos anteriores. A preparação até foi algo discreta, mas este é um ciclista explosivo. Tanto não se o vê, como de repente lá está ele a mexer com tudo e com todos. Foi assim na Volta a Abu Dhabi, que acabou por perder para Rui Costa (UAE Team Emirates).
Zakarin é um candidato de respeito. Um ciclista pronto para se afirmar como um dos melhores neste tipo de corridas.
É a vez de Yates. Nos últimos anos a Orica-Scott tem preparado os gémeos britânicos para que possam ser ciclistas com condições por lutar pelas corridas de três semanas. Ambos são novos, mas já com experiência. Era suposto estarem os dois no Giro, mas a incerteza quanto ao estado físico de Johan Esteban Chaves fez com que a equipa preferisse jogar pelo seguro e vai levar Simon ao Tour. Adam será assim o líder indiscutível na equipa, tal como aconteceu em 2016, mas na Volta a França.
A irreverência da juventude talvez tenha ajudado a que não se tenha deixado intimidar pelo domínio da Sky, como pareceu ter acontecido com outros ciclistas bem mais experientes. Ganhou a classificação a juventude, ficou no quarto lugar na geral e pode-se queixar de lhe ter sido retirada a hipótese de lutar por uma etapa, quando levou (literalmente) com o insuflável que sinalizava o último quilómetro em cima.
Adam já conta com uma Clássica de San Sebastian, Uma Volta à Turquia, este ano foi quarto na Volta à Catalunha... Yates é um daqueles ciclistas de quem tudo já se espera, apesar de ter apenas 24 anos. Há um ano Chaves vestiu a camisola rosa, mas não conseguiu segurá-la na penúltima etapa. Ficou em segundo. A Orica-Scott procura resultado idêntico, com uma ambição um pouco maior que não é expressa publicamente, mas que também é difícil esconder: ver Yates deixar de ser uma promessa e vencer o Giro. Porque não?!
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