Mikel Landa conseguiu treinar esta segunda-feira e vai continuar
na corrida (Fotografia: Russ Ellis/Team Sky) |
"Penso que não é correcto apontar o dedo ao polícia. Não quer que fiquem com toda a culpa porque a polícia tem feito um excelente trabalho na protecção aos ciclistas durante 70 anos. Naturalmente que eles também estão chocados com o que aconteceu. Infelizmente as coisas podem correr mal, mas não deve arruinar a imagem da polícia", salientou Mauro Vegni. O responsável acrescentou que na corrida estão cerca de 50 veículos, entre motos e carros, que têm o objectivo de proteger os ciclistas. Explicou ainda que a decisão do agente em parar na estrada deveu-se à preocupação de garantir que todos os ciclistas estariam em segurança, numa altura em que o pelotão estava a partir-se em vários grupos mais pequenos. "Concordo que houve um erro de cálculo ao parar ali, numa zona estreita da estrada. Talvez pudesse ter parado cem metros mais à frente", referiu Mauro Vegni.
A Orica-Scott e a Sky foram as equipas mais afectadas, pois os seus líderes acabaram por perder muito tempo. Adam Yates está a 4:49 minutos do líder Nairo Quintana, com Geraint Thomas a 5:14. A missão dos dois britânicos é muito complicada, ainda que nenhum esteja disposto a desistir de pelo menos chegar ao pódio. Afinal ainda há duas semanas de corrida pela frente.
Já Mikel Landa está feliz por ainda conseguir estar no Giro. O espanhol até foi dos mais rápidos a retomar a prova, mas acabou por perder muito tempo. A dor na perna esquerda provocou-lhe muitos problemas na subida ao Blockhaus. Tem 27:06 minutos de desvantagem, mas depois da desilusão de domingo, Mikel Landa mostrou-se satisfeito pelos exames feitos hoje terem demonstrado que não tem uma lesão grave e depois de um treino de uma hora, o espanhol da Sky assegurou que vai estar no contra-relógio. O ciclista ainda tem dores, mas espera conseguir "fazer coisas bonitas" nas etapas que ainda faltam no Giro.
Já Tom Dumoulin não escondeu a fúria por ter perdido Wilco Kelderman, que teria um importante papel de o apoiar nas etapas de montanha. O holandês da Sunweb chegou mesmo a classificar o incidente como "estúpido".
Contra-relógio para voltar a mudar a classificação geral
Depois do descanso espera aos ciclistas mais um teste. O primeiro de dois contra-relógios individuais é já esta quinta-feira, com 39,8 quilómetros não muito planos a prometeram que haverá um ataque forte de Tom Dumoulin à maglia rosa, camisola que já vestiu no Giro de 2016, precisamente após o esforço individual, logo no primeiro dia. O holandês já garantiu que se se sentir bem, terminar o dia na liderança é o objectivo. O ciclista da Sunweb esteve muito bem no Blockhaus, terminando na terceira posição, com 30 segundos a separá-lo de Nairo Quintana.
O colombiano da Movistar afirmou que gostaria de continuar de rosa, mas admitiu que será difícil, considerando que tanto Dumoulin, como Thibaut Pinot (FDJ) - que está a 28 segundos - são melhores que ele no contra-relógio. Quintana prefere olhar já para as próximas montanhas, onde pretende regressar à liderança, caso a perca na terça-feira. No dia seguinte terá logo essa oportunidade será uma etapa para romper pernas, com duas segundas categorias e duas terceiras. Mas o líder da Movistar terá mesmo marcada a tirada de sábado com a chegada em alto a Oropa.
»»Não basta ter estilo Nibali, é preciso ter categoria e Quintana tem muita««
»»Chega de irresponsabilidade. O acidente no Giro não foi ciclismo, foi estupidez««
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