(Fotografia: Facebook Philippe Gilbert Fan Club) |
A tentação foi grande. Muito grande. Depois da exibição épica na Volta a Flandres tanto Philippe Gilbert como o director da Quick-Step Floors ficaram tentados em seguir para o Paris-Roubaix. O plano inicial era o campeão belga começar a pensar na semana das Ardenas, mas uma vitória como a de domingo tornava quase irresistível marcar presença no clássica francesa. De recordar que Gilbert sempre ambicionou ganhar os cinco monumentos e a conquista da Volta a Flandres fez com que fiquem a faltar precisamente o Paris-Roubaix e a Milano-Sanremo, que agora só poderá ser "atacada" em 2018. No entanto, ambos resistiram à tentação e mantiveram o plano inicial: Gilbert irá às Ardenas, enquanto no Paris-Roubaix a equipa estará 100% concentrada em ajudar Tom Boonen a ter uma gloriosa despedida.
"Tenho uma atracção pelo Paris-Roubaix, mas não vou lá estar este ano. Preciso de fazer uma pausa e recuperar, para depois começar a pensar nas Ardenas. Vou fazer parte de uma equipa muito forte, juntamente com o Julian [Alaphilippe] e o Dan [Martin]", explicou Gilbert. O ciclista belga, de 34 anos, acrescentou que só uma vez competiu no Paris-Roubaix, em 2007, e que uma corrida como esta clássica é preciso ter experiência, ainda mais tendo em conta a missão da Quick-Step Floors: "O Tom [Boonen] precisa de todo o apoio para ter a sua última oportunidade [de ganhar]."
Também Patrick Lefevere acabou por explicar publicamente a ausência do vencedor da Volta a Flandres da corrida do próximo domingo. Os homens que apostam nas clássicas do pavé costumam marcar presença nos dois monumentos. "Imediatamente após a esplêndida vitória na Volta a Flandres, a tentação para convocar o Philippe foi muito grande, especialmente porque ele também estava a pensar nisso. Mas ponderámos e decidimos que era melhor para ele descansar um pouco, para depois regressar aos treinos para a campanha das Ardenas, onde a experiência e força dele serão muito úteis", afirmou Lefevere. De salientar que em 2011, Gilbert venceu as três provas da semana das Ardenas.
A Volta a Flandres foi muito importante para a Quick-Step Floors, que além de voltar a conquistar um monumento, demonstrou um enorme poderio a trabalhar como equipa. Sempre foi uma formação que tem as clássicas como a fase mais importante do ano, mas nos últimos anos, esta fase da época era marcada por muitos altos e baixos. No domingo, Gilbert foi fenomenal, mas Boonen e Matteo Trentin foram decisivos no ataque que deixou Peter Sagan e Greg van Avermaet para trás quando faltavam 95 quilómetros.
No Paris-Roubaix não haverá qualquer dúvida. Tom Boonen será o líder e toda a equipa lutará para garantir que o belga acaba a carreira com uma vitória, que será uma inédita quinta no Paris-Roubaix. Trentin estará novamente ao lado de Boonen, que contará ainda com a ajuda de Zdenek Stybar, Yves Lampaert, Iljo Keisse, Davide Martinelli e Niki Terpstra, ele próprio um vencedor do Paris-Roubaix, em 2014. Falta ainda conhecer o oitavo elemento que completará a formação.
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