Fabio Aru tinha o Giro como o principal objectivo para 2017 (Fotografia: Astana) |
Depois de em 2016 ter remetido Vincenzo Nibali para segundo plano na Astana, tornando-se a primeira escolha para liderar a equipa no Tour (depois de vencer a Vuelta em 2015), Aru não convenceu e este ano optou por regressar ao programa habitual, apontando ao Giro. O facto de ser a 100ª edição foi também um factor que pesou na decisão, ainda mais quando a organização homenageou os dois principais voltistas italianos ao colocar as suas terras no percurso da corrida. Não se pode dizer que Fabio Aru estivesse a realizar uma época muito convincente, mas as expectativas para o que o ciclista pudesse fazer no Giro eram altas. Aliás, a Volta a Itália era mesmo o grande objectivo da equipa cazaque para 2017.
O italiano, de 26 anos, caiu durante um treino na Serra Nevada, no dia 2 de Abril. Estava a 47 quilómetros/hora quando um pneu rebentou. Aru explicou que pouco antes tinha atingido os 70 quilómetros/hora e nem quer pensar no que poderia ter acontecido se tivesse caído nessa altura. Ainda assim, a lesão no joelho revelou ser grave. "Não consigo dobrar a perna esquerda. Não posso pedalar e não treino há nove dias. Preciso de um milagre. De momento dói só de subir umas escadas, de andar", explicou Aru à Gazzetta dello Sport. Quando falou com o jornal, a esperança de Aru ainda não tinha morrido, mas a Astana confirmou esta segunda-feira que o seu líder vai mesmo falhar a Volta a Itália, que começa dia 5 de Maio.
A grande desilusão de Aru vai tornar-se num momento importante para Michele Scarponi. Aos 37 anos, há muito que o veterano ciclista está afastado dos tempos em que era visto como candidato. Ainda assim, em 2016 esteve a bom nível tanto no Giro, como na Vuelta. Desde que deixou a Lampre no final de 2013 que Scarponi assumiu um papel de apoio a Nibali na Astana e depois também a Aru. Esta liderança da equipa poderá muito bem ser a última vez que a terá. Contudo, para o vencedor do Giro de 2011 - após a desqualificação de Alberto Contador -, será extremamente especial ser novamente um líder, tendo em conta que é a 100ª edição da sua competição favorita.
Poderá não ser um candidato à vitória, como seria Fabio Aru, mas é de esperar um Scarponi que procurará o seu momento de glória, muito provavelmente com a vitória numa etapa. Alexandre Vinokourov confirmou esta aposta no experiente ciclista e o director da Astana disse ainda que Jakob Fuglsang (32 anos) será o líder da equipa no Tour. As afirmações parecem indicar que Vinokourov não quer quebrar a promessa feita ao dinamarquês de ser o número um da Astana em França, o que poderá significar que Aru terá de se contentar com a Volta a Espanha.
É também um joelho que vai afastar Julian Alaphilippe da semana das Ardenas. Nos últimos dois anos, o francês esteve muito bem nestas clássicas, com dois segundos lugares na Flèche Wallonne e outro na Liège-Bastogne-Liège. Curiosamente foi sempre batido por Alejandro Valverde. Os resultados dos primeiros meses da temporada foram muito animadores para o ciclista da Quick-Step Floors, com destaque para o quinto lugar no Paris-Nice - que chegou a liderar depois de uma excelente crono-escalada - e para o terceiro posto na Milano-Sanremo, este mais surpreendente tendo em conta que é uma corrida normalmente dominada por homens mais rápidos.
Alaphilippe queria aos 24 anos conquistar o seu primeiro monumento na Liège-Bastogne-Liège. "É um momento muito difícil para mim. Nos últimos dias não treinei na esperança que a dor desaparecesse, mas isso não aconteceu. Estou triste por falhar as clássicas da Ardenas, mas não há nada a fazer. No entanto, continuo motivado e espero regressar o mais rápido possível", explicou o francês.
Foi na Volta ao País Basco que tudo começou a correr mal. Na primeira etapa atacou e quando parecia que tinha tudo para concretizar uma fuga solitária nos derradeiros quilómetros furou e perdeu inclusivamente tempo na geral. Na terceira etapa caiu, ainda apareceu na quarta, mas tornou-se evidente que não estava bem e que o melhor era parar.
A Quick-Step Floors apostava forte em Alaphilippe para continuar a magnífica senda de vitórias da equipa em 2017. Já são 23. Mas se a Astana ficou sem grandes opções para atacar o Giro, a formação belga tem Philippe Gilbert e Daniel Martin. Não será o desejado trio temível, mas mesmo sendo "apenas" um duo, a formação é uma forte candidata a conquistar mais vitórias na semana das Ardenas.
Quanto a Alaphilippe, resta-lhe recuperar e apesar de não estar estabelecida uma data de regresso, o francês tentará estar pronto para ir à Volta à Califórnia, competição que venceu no ano passado, com o próximo grande objectivo a ser a Volta a França.
»»Guardini abandonou o Paris-Roubaix e acabou numa esquadra da polícia««
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(Fotografia: Facebook Julian Alaphilippe) |
É também um joelho que vai afastar Julian Alaphilippe da semana das Ardenas. Nos últimos dois anos, o francês esteve muito bem nestas clássicas, com dois segundos lugares na Flèche Wallonne e outro na Liège-Bastogne-Liège. Curiosamente foi sempre batido por Alejandro Valverde. Os resultados dos primeiros meses da temporada foram muito animadores para o ciclista da Quick-Step Floors, com destaque para o quinto lugar no Paris-Nice - que chegou a liderar depois de uma excelente crono-escalada - e para o terceiro posto na Milano-Sanremo, este mais surpreendente tendo em conta que é uma corrida normalmente dominada por homens mais rápidos.
Alaphilippe queria aos 24 anos conquistar o seu primeiro monumento na Liège-Bastogne-Liège. "É um momento muito difícil para mim. Nos últimos dias não treinei na esperança que a dor desaparecesse, mas isso não aconteceu. Estou triste por falhar as clássicas da Ardenas, mas não há nada a fazer. No entanto, continuo motivado e espero regressar o mais rápido possível", explicou o francês.
Foi na Volta ao País Basco que tudo começou a correr mal. Na primeira etapa atacou e quando parecia que tinha tudo para concretizar uma fuga solitária nos derradeiros quilómetros furou e perdeu inclusivamente tempo na geral. Na terceira etapa caiu, ainda apareceu na quarta, mas tornou-se evidente que não estava bem e que o melhor era parar.
A Quick-Step Floors apostava forte em Alaphilippe para continuar a magnífica senda de vitórias da equipa em 2017. Já são 23. Mas se a Astana ficou sem grandes opções para atacar o Giro, a formação belga tem Philippe Gilbert e Daniel Martin. Não será o desejado trio temível, mas mesmo sendo "apenas" um duo, a formação é uma forte candidata a conquistar mais vitórias na semana das Ardenas.
Quanto a Alaphilippe, resta-lhe recuperar e apesar de não estar estabelecida uma data de regresso, o francês tentará estar pronto para ir à Volta à Califórnia, competição que venceu no ano passado, com o próximo grande objectivo a ser a Volta a França.
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