© Bettiniphoto/UAE Team Emirates |
Mas comecemos por João Almeida. O ciclista da Deceuninck-QuickStep saiu para a tirada entre Alcamo e Agrigento (149 quilómetros), vestido com a maglia ciclamino. Por "empréstimo" de Filippo Gana, é certo, mas voltou a apresentar-se muito bem na segunda etapa, depois do segundo lugar no contra-relógio inaugural. Almeida foi sexto classificado, a cinco segundos de Ulissi, mas com o mesmo tempo de Ganna, tendo ficado tudo igual na geral (22 segundos de diferença).
© Tim de Waele/Getty Images/DeceuninckQuickStep |
Ulissi ganhou, mas as atenções viraram-se para Sagan. O final em subida e com partes a 9%, os últimos três quilómetros não eram fáceis para sprinters. Contudo, ciclistas como Peter Sagan e Michael Matthews (Sunweb), adaptam-se bem. O eslovaco tem estado a apresentar-se cada vez mais longe da forma de outros tempos e apesar de ser uma das estrelas do Giro, até porque é a primeira vez que lá está, a desconfiança era muita.
Foi segundo, mas foi das melhores performances de 2020 e o próprio admite que poderia ter feito melhor. A demora em reagir ao ataque de Ulissi pode ter custado a vitória que tanto persegue e que se alcançar na Volta a Itália, faz com que faça o pleno em grandes voltas.
Num Giro que vai aquecendo até às grandes etapas de montanha, Sagan irá esta segunda-feira "afastar-se" na luta pela etapa, pois é dia de Monte Etna. Vai subir como rei da montanha, porque o segundo lugar na segunda etapa e ao ter sido segundo na quarta categoria do contra-relógio, colocou-o na inesperada posição. Mas irá passar esta camisola, num Etna que, apesar de difícil, nas recentes passagens nada tem mexido com a geral.
O vento de frente que muitas vezes se sente, deixa os candidatos à espera de outro tipo de subidas, o que faz com que seja um dia que alguém tente uma fuga e assim vestir a camisola rosa, mesmo que seja por pouco tempo. O Etna também tem surgido muito cedo na corrida, o que ajuda os favoritos esperarem por etapas mais adiante.
Para Itália está a ser um arranque de Giro bom para os ciclistas da casa. Duas etapas, duas vitórias e a liderança. No entanto, vai começar-se a olhar para Geraint Thomas (Ineos Grenadiers), Steven Kruijswijk (Jumbo-Visma), Simon Yates (Mitchelton-Scott), Jakob Fulgsang (Astana), Vincenzo Nibali (Trek-Segafredo)... Já foram feitas diferenças no primeiro de três contra-relógios, pelo que, se o Etna não for atacado, já há quem tenha tempo para recuperar, sabendo-se que Geraint Thomas poderá tirar vantagem de tantos contra-relógios.
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