2 de outubro de 2020

Etapa normal ao sprint mas acidentada para Joni Brandão

© João Fonseca Photographer
Rumo a Lisboa bem rápido. A quinta etapa foi para sprinters, ainda que Joni Brandão tenha desviado algumas atenções. Na corrida tentou com António Carvalho uma fuga, antes soube que tinha sofrido uma penalização de 20 segundos e ainda sofreu uma queda ao ir ao pódio, correspondente à tirada da Torre. No final, ficou tudo na mesma na geral, com Daniel McLay a cumprir o objectivo que o trouxe à Volta a Portugal, ganhando uma etapa ao sprint.

Mas o dia começou com o momento insólito para o vencedor da etapa da Torre. Devido ao mau tempo na Serra da Estrela, o pódio ficou adiado para esta sexta-feira, antes da partida em Oliveira do Hospital (na fotografia). Brandão escorregou e caiu, sem consequências físicas. Aliás, mostrou isso quando na etapa que terminava em Águeda (176,3 quilómetros) atacou muito longe da meta, com António Carvalho. No entanto, Amaro Antunes (W52-FC Porto) estava atento e a tentativa heróica, ficou-se por isso mesmo, uma tentativa.

O líder da Efapel quis responder com um ataque à notícia que também ele foi alvo de uma penalização de 20 segundos por receber abastecimento dentro dos dez quilómetros finais na subida à Torre, algo que já não era permitido. Está agora a 1:37 minutos de Amaro Antunes. António Carvalho havia recebido a mesma sanção após a etapa, após visionar as imagens, os comissários viram que também Brandão tinha recebido um bidão e de manhã anunciaram a decisão. Os 20 segundos apenas são reflectidos na classificação geral e não na etapa. Início de dia atribulado para a Efapel.

© João Fonseca Photographer
Quanto à etapa, tudo acabou em Águeda, terra das bicicletas - é onde está uma importante indústria das duas rodas - como esperado. As equipas trabalharam para que não houvesse surpresas como em Viseu. A Arkéa Samsic, primeira classificada do ranking das ProTeam (segundo escalão) esteve sempre atenta, deixando outras equipas controlar durante a etapa, para assumir as rédeas na parte final e levar Daniel McLay à vitória. O britânico saiu frustrado de Viseu, ao ser segundo, agora cumpriu a missão.

Tudo na mesma com as classificações: Amaro Antunes (camisola amarela), Luís Gomes (camisola vermelha, dos pontos), Hugo Nunes (branca e vermelha, da montanha), Simon Carr (branca, da juventude) e W52-FC Porto lidera por equipas.

Classificações completas, via FirstCycling.

6ª etapa: Caldas da Rainha – Torres Vedras, 155 quilómetros



Depois de um dia típico de sprint, este sábado é muito possível que se repita. Porém, não será apenas mais uma etapa. Ir-se-á a Torres Vedras, terra de Joaquim Agostinho, no cinquentenário da sua primeira vitória (de três) da Volta a Portugal.

Em 1970, o ciclista já havia vencido etapas no Tour, já era uma referência do ciclismo nacional, mas faltava a Volta. Com Firmino Bernardino e Leonel Miranda a seu lado no Sporting, Agostinho triunfou numa corrida de 24 etapas! Na Edição Especial da Volta a Portugal, o seu feito será recordado. É dia de homenagem à grande referência do nosso ciclismo.

Os candidatos, se não houver surpresas, são os suspeitos do costume: Daniel McLay (Arkéa Samsic), César Martingil (Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel), João Matias (Aviludo-Louletano), Samuel Caldeira (W52-FC Porto), Leangel Linarez (Miranda-Mortágua) e Rafael Silva (Efapel).

Será um périplo pela zona Oeste. São Martinho do Porto, Salir do Porto, Foz do Arelho, Óbidos e Bombarral, por exemplo, fazem parte de um percurso que terá apenas uma quarta categoria em Alfeizerão, logo nos primeiros quilómetros, dos 155. Em Alcobaça, Cadaval e Santa Cruz estão instaladas as metas volantes.

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