14 de novembro de 2016

Trek-Segafredo. Tudo por Fabian Cancellara e pensar em 2017

(Fotografia: Facebook Trek-Segafredo)
A entrada da Segafredo como patrocinador foi um suspirar de alívio para Trek que sabia que ia perder o seu principal ciclista e precisava urgentemente de uma injecção de dinheiro para enfrentar o futuro. Porém, não havia grandes dúvidas, depois da carreira de Fabian Cancellara e da importância do suíço na equipa que representou nos últimos seis anos, a forma de retribuir era fazer tudo para que o “Spartacus” tivesse um ano de despedida memorável.

Apesar de um início de temporada forte, com vitórias no contra-relógio da Volta ao Algarve e na Strade Bianchi, Cancellara não conseguiu concretizar o desejo de conquistar pelo menos uma das suas corridas fetiches: a Volta a Flandres e o Paris-Roubaix. Uma gastroenterite também acabou com sonho de conquistar a camisola rosa na primeira etapa do Giro. Cancellara teria o grande momento que procurava ao sagrar-se campeão olímpico de contra-relógio, colocando um ponto final na carreira – nem foi aos Mundiais –, ainda que tenha ido até ao Japão, mas já com um claro sentimento de ex-ciclista. A festa de despedida realizou-se no sábado (12 de Novembro), com várias figuras do ciclismo a marcarem presença.

  • 9º lugar no ranking World Tour com 565 pontos
  • 22 vitórias (4 no World Tour)
  • Fabian Cancellara e Giacomo Nizzolo foram os ciclistas com mais vitórias, com sete cada um


Porém, a Trek-Segafredo foi também preparando o futuro tendo em atenção a evolução de Jasper Stuyven e Edward Theuns, cuja época acabou abruptamente na 13ª etapa da Volta a França. E no Tour, a equipa norte-americana viu um Bauke Mollema aparecer ao seu melhor. O holandês chegou a estar na luta pelo pódio, mas quebrou na última semana e até ficou de fora do top dez (11º). Já a contratação de Ryder Hesjedal foi um flop. O canadiano queria mudar de ares, mas acabou por anunciar o final da carreira sem se mostrar na nova equipa. E por falar em despedidas, também Frank Schleck percebeu que chegou o momento de arrumar a bicicleta. Depois de cumprir o castigo por doping, o luxemburguês nunca se encontrou com a melhor forma.

Destaque ainda para o sprinter Giacomo Nizzolo. Somou sete vitórias, mas faltou uma numa grande prova. Até venceu no Giro, mas foi desclassificado, ficando, ainda assim, com a camisola dos pontos. Será um dos ciclistas que a Trek-Segafredo irá certamente exigir mais em 2017, num ano em que terá Alberto Contador no seu plantel, numa clara aposta de conquistar uma grande volta ou com o espanhol ou com Mollema.



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