Amaro Antunes foi sexto classificado na Volta a Portugal |
Para trás fica a LA Alumínios-Antarte, equipa que o director desportivo Mário Rocha decidiu terminar – ainda que irá surgir como um novo projecto – formação na qual Amaro Antunes evoluiu para se tornar não só numa promessa do ciclismo português, mas cada vez mais uma certeza. Foi sexto na Volta a Portugal, mas foi aquele 10º lugar na Volta ao Algarve que lhe deu algum reconhecimento além fronteiras. Afinal, à sua frente ficaram “apenas” nomes como Fabio Aru, Alberto Contador Thinaut Pinot, Geraint Thomas… Agora irá representar a equipa que dominou grande parte da temporada em Portugal este ano e o facto de ser “uma formação de referência e um clube que tem bastante história” pesou na decisão do algarvio no momento de assinar pela W52-FC Porto.
"Haverá corridas em que terei liberdade e outras em que terei de trabalhar, mas essencialmente estarei às ordens do que o director desportivo me pedir”
Ricardo Mestre e Samuel Caldeira deram uma ajuda. Os ciclistas da equipa do Sobrado são amigos de Amaro Antunes. “Treino diariamente com o Ricardo… Vou para uma equipa onde já conheço parte dos atletas e essa foi também uma das razões da minha escolha. Dá-me segurança e motivação.” Irá também encontrar Gustavo Veloso, o líder da equipa. Qual será então o papel de Amaro Antunes na W52-FC Porto? “Será um papel a que já estou habituado. Estarei ao dispor do que for pedido pelo Nuno Ribeiro. Haverá corridas em que terei liberdade e outras em que terei de trabalhar, mas essencialmente estarei às ordens do que o director desportivo me pedir”, respondeu.
Amaro Antunes quis deixar bem claro que será um ciclista que trabalhará em prol da equipa, sem perder a ambição de vencer, se a oportunidade surgir. “Tenho uma coisa em mente: a Volta a Portugal não é a única corrida a nível nacional. Temos outras boas corridas e outras a nível internacional, que também serão uma aposta minha”, explicou. Porém, recordou que este ano a estratégia da W52-FC Porto passou por ter Gustavo Veloso a vencer a Volta a Portugal e depois foi o colega Rui Vinhas quem a conquistou. “Tudo pode acontecer”, realçou. Contudo, o galego poderá ter em Amaro Antunes um aliado muito importante na principal prova portuguesa e a equipa ganha mais um hipótese de luxo.
Salto para o estrangeiro talvez em 2018
O ciclista algarvio admitiu ao Volta ao Ciclismo que houve contactos com equipas estrangeiras, mas que “não chegaram a bom porto”. “Com 26 anos [que celebra no dia 27 deste mês] se calhar é a idade ideal para o fazer [ir para uma equipa estrangeira], mas o sonho irá continuar e espero concretizá-lo em breve”, explicou, garantindo que, no entanto, estará “exclusivamente concentrado” no que irá fazer na W52-FC Porto em 2017 e que irá tentar não pensar “no que poderia ter sido”. “No final da temporada voltarei a pensar em novos voos”, acrescentou.
“Eu não escolho por acaso. Gosto de analisar, de pensar nas várias opções e estou muito satisfeito com a minha opção. Acredito que foi a mais acertada"
Mas houve outro ponto que também pesou quando escolheu a nova equipa. A W52-FC Porto ambiciona subir ao escalão Profissional Continental em 2018, o que poderá ser uma porta de entrada para Amaro Antunes para outro nível do ciclismo, caso continue na equipa (o contrato é de um ano). “Eu não escolho por acaso. Gosto de analisar, de pensar nas várias opções e estou muito satisfeito com a minha opção. Acredito que foi a mais acertada."
Amaro Antunes foi um dos três nomes confirmados esta sexta-feira pela equipa como reforços. O espanhol Jacobo Ucha (Rádio Popular-Boavista) e Tiago Ferreira também vão fazer parte do conjunto azul e branco em 2017. Nuno Ribeiro tem conseguido manter praticamente toda a estrutura, tendo apenas perdido Rafael Reis, que rumou à formação espanhola da Caja Rural.
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