(Fotografia: Facebook de Bruno Pires) |
Foi com uma longa e sentida mensagem no Facebook que Bruno Pires deu a conhecer a sua difícil decisão. Nela, recorda a sua carreira, feita de muita luta, mas com muitas recompensas, como foram os anos que passou ao lado de grandes nomes do ciclismo mundial, como os "irmãos Schleck, Cancelara, O'Grady, Voigt, Benatti, Contador, Majka, Sagan, Rogers, entre outros..." No estrangeiro, esteve em duas equipas World Tour, a Leopard Trek e a Tinkoff e este ano na Profissional Continental Team Roth.
"Vestir a mesma camisola, as refeições na mesma mesa, partilhar quarto e vivências fora da bike, isso foi um privilégio e será sempre experiência. Mas também em Portugal tive óptimos momentos, possivelmente os de mais entusiasmo, pois vencer é vencer, óptimos colegas e outros que se tornaram amigos e tantas pessoas com quem tive o prazer de falar, partilhar experiências, alegrias e também tristezas. Uns ficaram para sempre no meu coração outros na memoria", lê-se na mensagem.
Recorda como começou como profissional pela mão de Manuel Zeferino e a sua primeira vitória na Volta a Trás-os-Montes. Fala da selecção, do "verdadeiro amigo Xavi Tondo" - ciclista que venceu a Volta a Portugal em 2007 e morreu quatro anos depois num acidente na sua garagem - e de José Azevedo.
Mas Bruno Pires recuou aos tempos de criança, quando assistia às corridas na sua terra, Redondo: "Comecei por acaso neste desporto, pois não gostava de ciclismo, e lembro-me que quando a Volta ao Alentejo e Volta a Portugal passavam na estrada que liga o Redondo a Évora na altura do Verão e estavam normalmente 38/40 graus, eu dizia debaixo de uma azinheira que isto é profissão que eu nunca vou ter, caso para dizer nunca digas nunca..."
Admitiu que gostaria de ter sido ele a determinar o momento para deixar de ser ciclista profissional. Contudo, na desilusão de ser obrigado a dizer adeus, há uma pequena alegria: "Terminei esta etapa de uma forma não programada mas bonita, pois foi na Volta a Portugal, a corrida que me fez sonhar, lutar, e querer um dia ser ciclista profissional para a poder correr." Bruno Pires foi 39º a 1:13:21 horas do vencedor Rui Vinhas.
O ciclista escreveu ainda: "Resumindo tive uma carreira feliz, podia ter feito melhor, mas também podia ter feito menos, foi o possível, olhando para trás sinto-me orgulhoso do caminho que fiz."
Team Roth fechou por falta de patrocinadores
A equipa suíça era um misto de juventude e experiência, mas não obteve grandes resultados no seu primeiro - e único - ano de existência. "Sem segurança financeira será impossível para a nossa equipa continuar a este nível mais uma época. Lamentamos muito ter de tomar esta decisão. Até pouco antes da decisão estávamos ainda em negociações para termos novos patrocinadores, que infelizmente não se concretizaram", explicou então Stefan Blaser, dono da equipa. Porém, manteve a formação de sub-23.
Na impossibilidade de voltarmos a ver Bruno Pires a competir, fica agora a sua página de Facebook que tanto sucesso tem: "A Comida do Ciclista Bruno Pires". Uma excelente página de dicas de alimentação principalmente, claro, para ciclistas (profissionais, aspirantes ao profissionalismo, amadores, amantes da modalidade...). Caso não conheça, veja neste link.
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Aqui fica a mensagem de Bruno Pires no Facebook, que o ciclista acompanhou com fotografias de alguns momentos marcantes da sua carreira.
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