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A Movistar liderou o pelotão a um ritmo calmo e até direito a sorrisos no final
(Fotografia: Team Sky)
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Depois do "passeio" de 213 quilómetros, chega o momento que por que todos esperam... ou, se calhar, temem! Na etapa desta sexta-feira o pelotão andou a um ritmo quase ridículo - chegou 33:54 minutos depois do vencedor -, claramente com todos os ciclistas a pensarem que no sábado vão sofrer e, principalmente, que poderá ser um dia muito importante para a geral. Mais de meia hora foi um exagero e quase que dá vontade de tirar as aspas do passeio, mas era de esperar que a 13ª etapa - a mais longa da competição - ficasse marcada por uma fuga e que os principais candidatos e aqueles que ambicionam uma vitória na tirada de amanhã procurassem ter um dia calmo.
Portanto, quando à 13ª tirada só há a dizer que 12 homens integraram a fuga, ganharam cerca de 25 minutos de vantagem, com tanto tempo começaram a atacar-se, o grupo foi partindo-se, Valerio Conti conseguiu afastar-se sozinho e já não foi apanhado. Vitória importante para a Lampre-Merida, equipa que, além de não estar a realizar uma época muito animadora, prepara-se para se despedir e passar a ser chinesa. Para o jovem italiano, de 23 anos, é a primeira vitória numa grande volta e conquistada em boa altura, já que está em final de contrato.
Vamos então falar sobre o que os ciclistas andaram 213 quilómetros a pensar: três primeiras categorias e uma categoria especial para terminar os 196 quilómetros! Parece ser quase unânime que é uma etapa muito dura, mas mesmo assim há discorde... há quem diga que é a mais dura de sempre! Uma coisa é certa, Nairo Quintana diz que poderá ser o dia mais importante da Volta a Espanha.
Antes de analisar as subidas, de recordar que 54 segundos separam Chris Froome (Sky) do líder Nairo Quintana (Movistar). Alejandro Valverde (Movistar) está a 1:05 e a partir do quarto lugar, que pertence a Johan Esteban Chaves (Orica-GreenEdge), já são mais de dois minutos e meio de diferença. Esta etapa poderá ser importante não só para os dois principais candidatos, mas também para quem ainda aspire tentar reentrar na luta (Alberto Contador?), ou tentar pelo menos um pódio. Além de, claro, ser uma etapa apetecível para ganhar.
Espera-se algo quase épico e depois do "passeio" de hoje até dá vontade de dizer - em tom de brincadeira, claro - que ninguém se queixe de cansaço! Porém, nesta Vuelta de loucos, onde um terreno plano é quase um achado, será um grande teste à forma de muitos ciclistas, com foco em Quitana e Froome.
Etapa 14: Urdax Dantxarinea - Aubisque Gourette (196 quilómetros), as quatro subidas
A ascensão ao Col Inharpu surge depois de cerca de 50 quilómetros planos, praticamente os únicos do dia. Serão 11,5 quilómetros a 7,1% de pendente média, mas no início os ciclistas terão de enfrentar quase 14% e pendentes de 10%, que é como termina.
Antes dos 90 quilómetros aparece o Col du Soudet. Subida longa, mas a menos dura do dia (ainda assim deixará as suas mossas nas pernas dos ciclistas), tendo uma pendente média de 5,2%. Chega a ter alguns metros a 15 e a 10%, mas a maioria ronda os 5 e 7%.
Se até aqui foi difícil, então a partir dos 148 quilómetros começa o verdadeiro inferno. O Col de Marie-Blanque tem "apenas" 9,2 quilómetros, pendente média de 7,5%, mas a segunda metade da subida varia entre os 10 e 13%.
Depois da descida segue-se a temida e muito falada ascensão a Aubisque-Gourette. 16,5 quilómetros a 7,1% de pendente média para terminar uma etapa de dureza extrema. A máxima é de dez, mas são vários metros que variam entre os 8 e 9%.
Haverá ataques cedo? Irão os candidatos esperar pela última subida? Quererá Contador salvar algo desta Vuelta ou Johan Esteban Chaves cumprir o desejo assumido de vencer uma etapa, nem que comprometa a classificação geral? Conseguirá a Movistar proteger ao máximo o seu líder? Ou irá a Sky aparecer na ajuda a Froome? Num percurso como este, o difícil será não haver espectáculo e indefinição durante os 196 quilómetros.
Resumen - Etapa 13 (Bilbao / Urdax-Dantxarinea... por la_vuelta
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