© Tim de Waele/Getty Images/Deceuninck-QuickStep |
Filippo Ganna (Ineos Grenadiers) repetiu a dose de 2020. No último Giro venceu os três contra-relógios da prova e agora soma nova vitória e veste outra vez a camisola rosa. Bateu outro italiano forte na especialidade. Edoardo Affini fez mais 10 segundos, mas tirou o chapéu (literalmente) à exibição do compatriota. Porém, a Jumbo-Visma não saiu completamente desiludida de Turim. Tobias Foss tem apenas 23 anos, mas já um potencial reconhecido, para o qual contribuiu ganhar o Tour de l'Avenir em 2019.
Apesar de George Bennett ser, na teoria, o líder da Jumbo-Visma, perder 41 segundos, enquanto Foss somou apenas mais 13 que Ganna, deixa o norueguês numa boa posição inicial para poder ser também ele uma aposta.
E dos potenciais candidatos a lutar pela geral, Foss foi o único que bateu João Almeida. "Obtive um resultado melhor do que tinha pensado. É uma excelente forma de começar a corrida. É um tipo de resultado que te dá uma importante dose extra de motivação", referiu o ciclista, citado pela Deceuninck-QuickStep.
Além de João Almeida, a equipa belga viu ainda Rémi Cavagna ser quinto, a 18 segundos - o campeão francês queria ganhar o contra-relógio - e Remco Evenepoel em sétimo, a 19 segundos. O regresso do belga foi um dos momentos do dia. "Ter três ciclistas no top 10 é excelente para a equipa", afirmou Almeida, numa altura que muito se vai começar a falar da forma física de Evenepoel.
Apesar de surgir com o dorsal um da equipa, a sua longa ausência da competição devido a uma grave queda na Lombardia, levanta dúvidas quanto à sua condição. Evenepoel começou bem, mas os verdadeiros testes chegarão com a montanha. Para João Almeida é ainda mais importante arrancar como o melhor da Deceuninck-QuickStep para que possa reclamar o estatuto de número um na equipa neste Giro.
Quanto aos outros dois portugueses em prova, Nelson Oliveira (Movistar) é um especialista no contra-relógio, mas este de Turim não era nada que pudesse beneficiar as suas características. Terminou a 29 segundos de Ganna, com Ruben Guerreiro (EF Education-Nippo) a perder 47.
Na perspectiva de João Almeida, o ciclista das Caldas da Rainha ganhou tempo aos rivais, com Aleksandr Vlasov (Astana) a ser o melhor, a 24 segundos de Ganna. Egan Bernal fez mais 39 segundos do que o companheiro de equipa e Jai Hindley (DSM), que no Giro passado esteve perto de ganhar a corrida, tem 46 segundos de atraso. Mikel Landa (Bahrain-Victorious), que assumiu que a Volta a Itália é para ganhar, pode dizer que nem foi dos seus piores contra-relógios, tendo 49 segundos para recuperar para Ganna, que não será um adversário directo.
2ª etapa: Stupinigi (Nichelino)-Novara (179 quilómetros)
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