© Federação Portuguesa de Ciclismo |
A rivalidade entre as duas equipas promete e nenhuma esperou para "aquecer" esta temporada. Começaram a ganhar e a mostrar o quanto o querem fazer. Mas nas Aldeias do Xisto a Tavfer-Measindot-Mortágua (antiga Miranda-Mortágua) mostrou que juntar Tiago Antunes a Joaquim Silva foi uma boa opção. Apesar deste destaque, foi Joni Brandão que este domingo demonstrou que quer ter o seu lugar numa equipa em que muitos dos seus ciclistas podem ser líderes.
E basta ver dois dos corredores que ajudaram Brandão. José Neves e Ricardo Vilela estão de regresso a Portugal. O primeiro venceu o Troféu Joaquim Agostinho em 2018, precisamente pela equipa azul e branca, enquanto Vilela acumulou uma enorme experiência internacional e mesmo sendo muitas vezes gregário, é ciclista com qualidade para almejar mais agora que está de volta ao seu país.
Mas o dia era mesmo para Brandão. Apesar de ter falhado inicialmente a presença no grupo de dez ciclistas que se isolou na frente, juntamente com o companheiro José Neves e Tiago Antunes, Joaquim Silva e ainda Frederico Figueiredo (Efapel), a contratação mais sonante do pelotão nacional em 2021, chegou à frente ao atacar no Cêpos. Depois beneficiou do trabalho dos colegas para no final ser mais forte que Antunes (segundo, a quatro segundos) e Figueiredo (terceiro, a seis).
"Tive uma pequena distracção, quando se deram as movimentações decisivas e quase que pagava caro por isso, mas consegui chegar à frente, embora um pouco 'justo'. Mas os meus companheiros trabalharam para eu me poupar para a parte final. Só tive de rematar", salientou o ciclista.
Para Joni Brandão é muito importante começar a ganhar e a Clássica Aldeias do Xisto é uma corrida que aprecia. Em 2019 venceu ao serviço da Efapel (no ano passado a prova não se realizou). Ao mudar-se precisamente da Efapel para a grande rival, o ciclista perdeu o estatuto de líder indiscutível, pois na W52-FC Porto terá de lutar por esse posto com ciclistas como Amaro Antunes e João Rodrigues, os dois últimos vencedores da Volta a Portugal.
"É sempre marcante quando ganhas pela primeira vez pela nova equipa. A vitória é da W52-FC Porto que me ajudou a vencer. Foi um dia muito duro, com condições climatéricas muito difíceis. A isso juntou-se o terreno, sempre de sobe e desce. Acabámos por salvar bem o dia e ganhar, que era o mais importante", afirmou.
A época ameaça ser animada, faltando perceber se alguma equipa vai conseguir intrometer-se entre a W52-FC Porto e a Efapel - venceu a Prova de Abertura Região de Aveiro, com Luís Mendonça -, com a Tavfer-Measindot-Mortágua a mostrar valor nos 142,1 quilómetros entre as aldeias da Benfeira, Arganil, e do Fajão, Pampilhosa da Serra, na procura por uma vitória na temporada de 2021.
De referir que a W52-FC Porto foi ainda a melhor equipa, com Vilela a ser o rei da montanha. Pedro Andrade (Hagens Berman Axeon) foi o melhor jovem. A Clássica Aldeias do Xisto foi a segunda prova pontuável para a Taça de Portugal.
E para a semana há mais. O calendário nacional prossegue com a Clássica da Arrábida, no domingo, mais uma corrida que não se realizou no ano passado devido à pandemia e que esta época sofreu um adiamento. De 5 a 9 de Maio teremos a Volta ao Algarve.
»»Efapel controla, Luís Mendonça finaliza com ataque certeiro««
»»A espera está a terminar. Conheça o calendário nacional para 2021««
Sem comentários:
Enviar um comentário