© Federação Portuguesa de Ciclismo |
É uma referência e não deixará de o ser só porque agora termina a carreira. No entanto, não era assim que se gostava de ver. "Ser referência... de certa forma é um bocado de pressão. Eu não quero ser diferente. Eu vou para as corridas para dar o meu melhor, em tudo o que faço. Em cima de tudo fico contente por haver mais portuguesas a acreditar que podem lá chegar e aos poucos sermos mais a correr lá fora. Acreditámos e conseguimos", disse numa entrevista há dois anos ao Volta ao Ciclismo (pode ler aqui).
© Federação Portuguesa de Ciclismo |
A Lares-Waowdeals (mudou depois de nome para Doltcini-Van Eyck Sport) foi a equipa que levou Daniela Reis a outro patamar. Esteve presente em algumas das principais corridas internacionais, como a Volta a Flandres, uma das suas preferidas, Giro, La Course by Le Tour de France, Madrid Challenge by Vuelta... A lista é grande. Ser líder? Não. Considerava que o seu maior potencial estava em ser uma gregária de qualidade. Era a função em que se sentia mais à vontade.
© Federação Portuguesa de Ciclismo |
Com a selecção esteve em Mundiais e Europeus e tornou-se assim num modelo a seguir para ciclistas como Maria Martins, também ela também já numa equipa estrangeira (Drops). Raquel Queirós, Daniela Campos são mais dois nomes que se espera que alcancem um patamar elevado. Com os anos, espera-se que mais e mais mulheres cheguem longe, sigam o exemplo de Daniela Reis e possam ir ainda mais além, ajudando o ciclismo feminino português a crescer.
Daniela Reis sai de campo, mas deixa uma influência profunda no ciclismo nacional feminino, contribuindo para uma mudança de mentalidade na construção de uma carreira ao mais alto nível. Contribuiu para mudar a aposta na modalidade, mesmo sabendo que no feminino ainda faltam dar muitos passos rumo à consolidação do ciclismo em Portugal. Mas Daniela mostrou o caminho. Agora é segui-lo.
Sem comentários:
Enviar um comentário