Avermaet espera que equipa possa continuar, mas não fecha a porta a aceitar uma proposta para um novo desafio em 2021 |
Não é nada de novo para o americano e para a sua Continuum Sports. Porém, são tempos demasiado incertos em plena pandemia. É difícil prometer seja o que for a potenciais patrocinadores quando ninguém pode garantir que tudo vai regressar ao normal em 2021. E, claro, há ainda a questão de muitas empresas estarem a começar a enfrentar as consequências da crise económica, tal como está a acontecer com a CCC. Ochowicz é um director com muita experiência e está habituado a este desafio. E certo é que mesmo perante as dificuldades, o discurso é optimista.
"Estamos em tempos sem precedentes, mas estamos confiantes que há empresas que querem investir no ciclismo, especialmente dada a popularidade global em andar de bicicleta nos últimos meses. Sob a batuta e licença da Continuum Sports, nós crescemos de uma equipa Continental americana em 2007 até uma das maiores equipas do World Tour no pelotão em anos recentes e temos toda a intenção de continuar sob um novo patrocínio", afirmou Ochowicz num comunicado.
Foi assim feita a confirmação do que há algumas semanas estava a ser divulgado. A CCC deixa de apoiar a equipa, interrompendo um ano mais cedo o contrato fechado no final de 2018 e que seria válido até Dezembro de 2021. A pandemia terá fragilizado as contas da empresa polaca, dedicada à venda de sapatos, por exemplo. Como tantas outras, sofreu um forte revés nas vendas. Os ordenados dos ciclistas já tinham sido reduzidos e membros do staff foram dispensados durante esta paragem competitiva.
Quando a BMC afastou-se como patrocinador principal - fornece agora bicicletas à NTT - Dariusz Milek aproveitou a oportunidade para cumprir um sonho antigo de ver a sua equipa de ciclismo Profissional Continental dar o passo para o World Tour. Manteve uma estrutura secundária, de desenvolvimento de ciclistas, e há também a equipa feminina. Pelo menos esta última poderá continuar além de 2020.
Perante uma nova crise económica impulsionada pela pandemia, Ochowicz entra agora em contra-relógio para encontrar quem garanta o futuro da sua equipa, de forma a tentar não perder os ciclistas que têm contrato para 2021 e ainda ir a tempo de renovar com os que terminam o vínculo em Dezembro. É o caso de Greg van Avermaet. A boa notícia virá por parte da Giant, não só estará disponível para continuar a fornecer as bicicletas, como poderá assumir o papel de co-patrocinador.
Quando a BMC saiu, Ochowicz não conseguiu segurar a maioria das suas principais figuras. De tal forma, que a CCC arrancou a sua aventura no World Tour tendo o especialista em clássicas, Avermaet, como o líder número um. Richie Porte, Rohan Dennis, Tejay van Garderen, Damiano Caruso, Stefan Küng foram alguns dos ciclistas importantes na estrutura que rumaram a outras equipas.
Depois de um 2019 em que ficou claro que a equipa precisava de bons reforços (só somou seis vitórias), a prioridade foi contratar um líder para as grandes voltas. A escolha recaiu em Ilnur Zakarin (ex-Katusha-Alpecin), mas Ochowicz garantiu ainda Matteo Trentin (ex-Mitchelton-Scott) e uma das estrelas do Giro de 2019, Fausto Masnada (ex-Androni Giocattoli-Sidermec). Isto para referir três dos ciclistas que mais se esperava resultados.
O trio tem contrato para 2021, mas sem patrocinador, tal pouco pode significar se o director da equipa não apresentar garantias para o futuro rapidamente. Jim Ochowicz vê-se agora entre o necessitar de encontrar pelo menos um patrocinador que dê nome à equipa, enquanto espera que os seus ciclistas estejam concentrados em fazer uma boa temporada quando esta recomeçar num formato reduzido em termos temporais e muito intenso em número de corridas. Resultados precisam-se! Isto claro, esperando que seja mesmo possível que pelo menos as principais corridas se realizam em plena pandemia.
Avermaet disponível para analisar propostas de outras equipas
Greg Van Avermaet é já o primeiro a garantir que quer renovar, essa é a prioridade, mas está disponível para analisar propostas de outras formações. "Há muitas equipas interessadas. A minha performance está lá e eu fui um dos melhores ciclistas em corridas de um dia no ranking da UCI na época passada. Isso dá-me garantias para o próximo ano", disse o belga ao site Wielerflits. Aos 35 anos, Van Avermaet - campeão olímpico no Rio de Janeiro há quatro anos - continua a estar bem cotado, mas também tem revelado cada vez mais dificuldades para lutar por grandes vitórias.
Foi questionado se poderia mudar-se para uma equipa belga especialista em clássicas, mas o ciclista limitou-se a dizer que certamente irá estar numa boa estrutura. A Deceuninck-QuickStep é a equipa que aposta muito forte nas provas que Avermaet mais gosta, com a Lotto Soudal a contar também com especialistas. Porém, seria no mínimo estranho ver este corredor novamente ao lado de Philippe Gilbert, já que a relação entre ambos nunca foi a melhor quando se cruzaram na BMC, pois ambos têm praticamente os mesmos objectivos. Também estiveram juntos na Lotto, mas nessa altura Gilbert era intocável.
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Perante uma nova crise económica impulsionada pela pandemia, Ochowicz entra agora em contra-relógio para encontrar quem garanta o futuro da sua equipa, de forma a tentar não perder os ciclistas que têm contrato para 2021 e ainda ir a tempo de renovar com os que terminam o vínculo em Dezembro. É o caso de Greg van Avermaet. A boa notícia virá por parte da Giant, não só estará disponível para continuar a fornecer as bicicletas, como poderá assumir o papel de co-patrocinador.
Quando a BMC saiu, Ochowicz não conseguiu segurar a maioria das suas principais figuras. De tal forma, que a CCC arrancou a sua aventura no World Tour tendo o especialista em clássicas, Avermaet, como o líder número um. Richie Porte, Rohan Dennis, Tejay van Garderen, Damiano Caruso, Stefan Küng foram alguns dos ciclistas importantes na estrutura que rumaram a outras equipas.
Depois de um 2019 em que ficou claro que a equipa precisava de bons reforços (só somou seis vitórias), a prioridade foi contratar um líder para as grandes voltas. A escolha recaiu em Ilnur Zakarin (ex-Katusha-Alpecin), mas Ochowicz garantiu ainda Matteo Trentin (ex-Mitchelton-Scott) e uma das estrelas do Giro de 2019, Fausto Masnada (ex-Androni Giocattoli-Sidermec). Isto para referir três dos ciclistas que mais se esperava resultados.
O trio tem contrato para 2021, mas sem patrocinador, tal pouco pode significar se o director da equipa não apresentar garantias para o futuro rapidamente. Jim Ochowicz vê-se agora entre o necessitar de encontrar pelo menos um patrocinador que dê nome à equipa, enquanto espera que os seus ciclistas estejam concentrados em fazer uma boa temporada quando esta recomeçar num formato reduzido em termos temporais e muito intenso em número de corridas. Resultados precisam-se! Isto claro, esperando que seja mesmo possível que pelo menos as principais corridas se realizam em plena pandemia.
Avermaet disponível para analisar propostas de outras equipas
Greg Van Avermaet é já o primeiro a garantir que quer renovar, essa é a prioridade, mas está disponível para analisar propostas de outras formações. "Há muitas equipas interessadas. A minha performance está lá e eu fui um dos melhores ciclistas em corridas de um dia no ranking da UCI na época passada. Isso dá-me garantias para o próximo ano", disse o belga ao site Wielerflits. Aos 35 anos, Van Avermaet - campeão olímpico no Rio de Janeiro há quatro anos - continua a estar bem cotado, mas também tem revelado cada vez mais dificuldades para lutar por grandes vitórias.
Foi questionado se poderia mudar-se para uma equipa belga especialista em clássicas, mas o ciclista limitou-se a dizer que certamente irá estar numa boa estrutura. A Deceuninck-QuickStep é a equipa que aposta muito forte nas provas que Avermaet mais gosta, com a Lotto Soudal a contar também com especialistas. Porém, seria no mínimo estranho ver este corredor novamente ao lado de Philippe Gilbert, já que a relação entre ambos nunca foi a melhor quando se cruzaram na BMC, pois ambos têm praticamente os mesmos objectivos. Também estiveram juntos na Lotto, mas nessa altura Gilbert era intocável.
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