© Chris Auld/Mitchelton-Scott |
Relação de curta duração! Seis dias. Um acordo que foi anunciado como finalizado, afinal não era bem assim e a Manuela Fundación já não vai patrocinar a equipa Mitchelton-Scott. Os novos equipamentos são para esquecer e o nome dos actuais patrocinadores mantém-se em 2020, agora que o dono Gerry Ryan bateu com a porta, não tendo gostado nada que de Espanha chegassem declarações de intenção dos novos patrocinadores serem também os novos donos.
Esta quarta-feira, Ryan, tinha afirmado numa entrevista ao Ride Media algo muito simples: "Eu sou o dono da equipa." O responsável confirmou que a licença continuaria a ser australiana, assim como manteria a aposta que a estrutura tem feito nos ciclistas deste país. O responsável considerou ainda que a GreenEdge precipitou-se ao anunciar o acordo com a Manuela Fundación, adiantando que está em negociações com outros potenciais patrocinadores para 2021.
Estas declarações apanharam os responsáveis da Manuela Fundación desprevenidos. O Ciclo 21 cita fontes da fundação, que dão conta da surpresa que foi ler as declarações de Ryan, assim como algum mal-estar que estas causaram. No entanto, a expectativa era que qualquer problema seria ultrapassado na reunião agendada para a próxima semana.
Algo que parecia claro para Emilio Rodríguez, director da parte desportiva da fundação, era que seriam donos da equipa, com o objectivo da licença ser espanhola em 2021, ainda que o patrocínio entrasse já em vigor. A Manuela Fundación pagaria ainda parte dos salários deste ano.
24 horas depois de ainda haver alguma esperança de conciliação, foi divulgado o comunicado por parte da equipa australiana: a parceria não irá concretizar-se. "Inicialmente sentimos uma forte conexão com o senhor Francisco Huertas, a Manuela Fundación e os seus nobres objectivos. Contudo, à medida que as negociações evoluíram após o anúncio inicial na sexta-feira, concluímos que a relação não irá continuar", explicou Gerry Ryan, no comunicado divulgado esta quinta-feira.
A Mitchelton-Scott foi uma das equipas que se viu obrigada a cortar nos salários durante a paragem forçada devido à pandemia de covid-19, mas Ryan deixou a garantia que a partir de Agosto, quando as competições retomarem, os valores iniciais serão repostos, tanto na equipa masculina, como na feminina.
Porém, Gerry Ryan irá manter as negociações com patrocinadores para assegurar a continuidade da equipa em 2021, assim como para poder tratar da renovação de contrato de vários ciclistas, dois deles são as principais figuras do momento da Mitchelton-Scott nas grandes voltas: os gémeos Adam e Simon Yates.
Director da Manuela Fundación zangado com quebra do acordo
Director da Manuela Fundación zangado com quebra do acordo
O empresário Francisco Huertas já patrocina uma equipa de BTT, assim como uma escola de ciclismo. Já tentou entrar no futebol, mas acabou por não conseguir e a primeira tentativa de chegar ao mais alto nível do ciclismo parece então terminar com o mesmo resultado.
A Mitchelton-Scott, continua assim a ser... a Mitchelton-Scott. Algo que deixou Manuel Calvente furioso. O director da equipa de sub-23 da Manuela Fundación reiterou ao Cyclingnews que foi assinado um acordo a 5 de Junho, salientando que o tornar público foi uma decisão da GreenEdge.
"Os autocarros da equipa estão na oficina, já sem as cores da equipa e à espera da nova publicidade e autocolantes. Até recebemos fotografias a mostrar como estava tudo a decorrer", explicou Calvente. O director afirmou ainda não entender como Gerry Ryan diz que irá pagar os ordenados completos a partir de Agosto, pois Calvente alega que a Mitchelton-Scott não tem dinheiro para pagar o salários actualmente.
Acrescentou que já esta quarta-feira começou a ter dúvidas se queria continuar a trabalhar com a Mitchelton-Scott depois da entrevista de Gerry Ryan, garantindo que a Manuela Fundación nunca se opôs a nada do proposto. "Saímos disto a parecer que somos os vilões do filme, quando não fizemos nada que não tivesse sido acordado", referiu Calvente.
"Os autocarros da equipa estão na oficina, já sem as cores da equipa e à espera da nova publicidade e autocolantes. Até recebemos fotografias a mostrar como estava tudo a decorrer", explicou Calvente. O director afirmou ainda não entender como Gerry Ryan diz que irá pagar os ordenados completos a partir de Agosto, pois Calvente alega que a Mitchelton-Scott não tem dinheiro para pagar o salários actualmente.
Acrescentou que já esta quarta-feira começou a ter dúvidas se queria continuar a trabalhar com a Mitchelton-Scott depois da entrevista de Gerry Ryan, garantindo que a Manuela Fundación nunca se opôs a nada do proposto. "Saímos disto a parecer que somos os vilões do filme, quando não fizemos nada que não tivesse sido acordado", referiu Calvente.
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