Rui Vinhas tem de se defender no contra-relógio para confirmar a surpresa
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Em algum momento durante esta Volta a Portugal a liderança de Gustavo Veloso na W52-FC Porto foi colocada em causa. O galego procura a terceira vitória consecutiva e sabe que está ao seu alcance, apesar dos 2:25 minutos que tem de desvantagem. Perante a sua capacidade no esforço individual, muito acima do de Rui Vinhas, Veloso sabe que pode ganhar. No entanto, não parece tão descansado como isso.
A Rui Vinhas só quase faltou durante estes dias pedir desculpa ao seu líder por estar de amarelo. Ainda hoje adoptou o discurso que por esta altura... já chateia: "Tenho de ter respeito, ele [Gustavo Veloso] é que é o líder. O respeito é muito bonito." O jornalista da RTP lá puxou por ele e conseguiu apenas um "vou dar o meu melhor no contra-relógio". Já foi não mau. Mas com apenas o esforço individual pela frente é o momento de Rui Vinhas de se assumir como candidato. A vantagem é dele e é bem simpática. Esta poderá ser a única oportunidade que terá para ganhar a Volta a Portugal. Tem 29 anos e tem tido sempre um trabalho de apoio, a que provavelmente voltará após esta Volta. É agora ou nunca para Vinhas.
Que mantenha o respeito, mas perca a quase vassalagem que presta ao galego. Ganhar ao seu líder não será desrespeitá-lo, será... ciclismo. Uma das maravilhosas características desta modalidade: a imprevisibilidade.
A equipa não está a dar ordens para Rui Vinhas ceder a sua liderança e Veloso também demonstrou respeito pelo colega, só pelo facto de constantemente procurar segundos nas metas volantes. Tal demonstrou como o galego queria chegar ao contra-relógio com o menos tempo possível para recuperar.
A Rui Vinhas só quase faltou durante estes dias pedir desculpa ao seu líder por estar de amarelo. Ainda hoje adoptou o discurso que por esta altura... já chateia: "Tenho de ter respeito, ele [Gustavo Veloso] é que é o líder. O respeito é muito bonito." O jornalista da RTP lá puxou por ele e conseguiu apenas um "vou dar o meu melhor no contra-relógio". Já foi não mau. Mas com apenas o esforço individual pela frente é o momento de Rui Vinhas de se assumir como candidato. A vantagem é dele e é bem simpática. Esta poderá ser a única oportunidade que terá para ganhar a Volta a Portugal. Tem 29 anos e tem tido sempre um trabalho de apoio, a que provavelmente voltará após esta Volta. É agora ou nunca para Vinhas.
Que mantenha o respeito, mas perca a quase vassalagem que presta ao galego. Ganhar ao seu líder não será desrespeitá-lo, será... ciclismo. Uma das maravilhosas características desta modalidade: a imprevisibilidade.
A equipa não está a dar ordens para Rui Vinhas ceder a sua liderança e Veloso também demonstrou respeito pelo colega, só pelo facto de constantemente procurar segundos nas metas volantes. Tal demonstrou como o galego queria chegar ao contra-relógio com o menos tempo possível para recuperar.
É impossível a missão de Rui Vinhas?
Não, o ciclista português sabe que pode chegar à vitória, mas irá precisar de realizar um contra-relógio como provavelmente nunca o fez. Nuno Ribeiro, o director desportivo, deixou indicações que vai deixar que os seus atletas resolvam na estrada, sem preferência. Mas ele terá de preferir quem irá acompanhar no contra-relógio e não fará qualquer sentido que não seja com Rui Vinhas, até porque todo o discurso de não existir qualquer conflitualidade cairia em saco roto se afinal Nuno Ribeiro optasse por Veloso e não por aquele, que para todos os efeitos, é o líder da Volta a Portugal.
E certamente que Nuno Ribeiro sabe que também poderá fazer um bocadinho de história, pois desde 2011 que não vence um português, Ricardo Mestre. O ciclista até está agora na W52-FC Porto, poderá dar uns conselhos a um Rui Vinhas que se vê numa posição que nunca esperou.
Claro que a equipa vai viver emoções contraditórias e o próprio Veloso alertou para tal. Se perder, o galego disse que ficará com a sensação que o melhor não ganhou a Volta a Portugal... mas ficará satisfeito pelo colega. Já Rui Vinhas se perder, Veloso também realça que inevitavelmente Vinhas ficará desapontando. Mas o português diz que ficará contente pelo seu líder... discurso de respeito até final e mesmo se ganhar é muito capaz de não mudar nem uma linha!
Que venha o contra-relógio!
Efapel forte, mas ainda não o suficiente
A Efapel consolidou claramente o seu estatuto como a segunda melhor equipa do pelotão nacional, mas ainda não conseguiu debater-se de igual para igual com a W52-FC Porto. Ainda assim, o conjunto de Américo Silva estará satisfeito, pois Daniel Mestre começou a Volta a vencer e terminou da mesma maneira (numa perspectiva de etapas em linha), ao ser o mais forte em Setúbal.
Não vencer a Volta parece não ser uma desilusão total, principalmente quando a razão é, para Daniel Mestre, porque o adversário foi mais forte. Porém, ainda falta uma última luta. Joni Brandão ainda não desistiu de repetir o pódio e no contra-relógio vai atacar o terceiro lugar de Daniel Silva. O ciclista da Rádio Popular-Boavista está também ele motivado para defender uma classificação importante para a equipa.
10ª etapa: Vila Franca de Xira - Lisboa (32 quilómetros)
Regressa o contra-relógio para finalizar a Volta a Portugal, uma decisão que promove o espectáculo, já que em competições tão curtas, uma etapa de consagração não tem grande efeito. Assim, será indecisão até à última. Desta vez não será o Marquês de Pombal o cenário final. Os ciclistas passarão pelo Arco da Rua Augusta antes de cortarem a meta na Praça do Comércio.
Veja os resultados da nona etapa e as classificações da Volta a Portugal.
Claro que a equipa vai viver emoções contraditórias e o próprio Veloso alertou para tal. Se perder, o galego disse que ficará com a sensação que o melhor não ganhou a Volta a Portugal... mas ficará satisfeito pelo colega. Já Rui Vinhas se perder, Veloso também realça que inevitavelmente Vinhas ficará desapontando. Mas o português diz que ficará contente pelo seu líder... discurso de respeito até final e mesmo se ganhar é muito capaz de não mudar nem uma linha!
Que venha o contra-relógio!
Efapel forte, mas ainda não o suficiente
Vitória de Daniel Mestre (Fotografia: Volta a Portugal) |
A Efapel consolidou claramente o seu estatuto como a segunda melhor equipa do pelotão nacional, mas ainda não conseguiu debater-se de igual para igual com a W52-FC Porto. Ainda assim, o conjunto de Américo Silva estará satisfeito, pois Daniel Mestre começou a Volta a vencer e terminou da mesma maneira (numa perspectiva de etapas em linha), ao ser o mais forte em Setúbal.
Não vencer a Volta parece não ser uma desilusão total, principalmente quando a razão é, para Daniel Mestre, porque o adversário foi mais forte. Porém, ainda falta uma última luta. Joni Brandão ainda não desistiu de repetir o pódio e no contra-relógio vai atacar o terceiro lugar de Daniel Silva. O ciclista da Rádio Popular-Boavista está também ele motivado para defender uma classificação importante para a equipa.
10ª etapa: Vila Franca de Xira - Lisboa (32 quilómetros)
Regressa o contra-relógio para finalizar a Volta a Portugal, uma decisão que promove o espectáculo, já que em competições tão curtas, uma etapa de consagração não tem grande efeito. Assim, será indecisão até à última. Desta vez não será o Marquês de Pombal o cenário final. Os ciclistas passarão pelo Arco da Rua Augusta antes de cortarem a meta na Praça do Comércio.
Veja os resultados da nona etapa e as classificações da Volta a Portugal.
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