(Fotografia: Giro d'Italia) |
Foi só o primeiro sprint do Giro101, mas tendo em conta o passado recente, aqui fica uma história da Quick-Step Floors: dominou no Giro passado com Fernando Gaviria, no Tour com Kittel e depois com Trentin na Vuelta. Será a vez de Viviani? E já são 28 triunfos em 2018. Sete para Viviani, que não escondeu que se sentia sob pressão por ser o líder da equipa, que não apostará na geral e estará mais ao seu serviço. Agora sentir-se-á mais livre. Vamos ver o que isso significará...
Por momentos, uns momentos fugazes, Jakub Mareczko acreditou que finalmente iria ganhar na Volta a Itália. Mas foi uma "barbaridade" de sprint de Viviani, que a certa altura até nem estava com o seu comboio e colou-se a Sam Bennett, da Bora-Hansgrohe (fez terceiro). Mareczko ganhou uma ligeira vantagem, até que Viviani arrancou e passou por todos como se estivesse no mais potente dos carros desportivos, contra o mais normal veículo citadino! Ainda assim, este jovem Mareczko (24 anos), da Wilier Triestina-Selle Italia, demonstra cada vez mais um tremendo potencial. No ano passado fez dois segundos lugares no Giro, agora soma mais um. Vai rondando as vitórias, mas frente a este Viviani, era impossível fazer melhor.
Para Dennis é um "pormenor" ainda mais relevante, pois aos 27 anos tornou-se num ciclista que já vestiu as camisolas de líder das três grandes voltas. A maglia rosa junta-se à amarela do Tour de 2015 e à vermelha da Vuelta de 2017. Em ambas as situações só as envergou durante um dia, depois de as conquistar nos contra-relógios inaugurais.
Porém, mesmo de rosa, é difícil ver Dennis como o candidato que não há muito tempo afirmou querer ser, quando iniciou o plano para se tornar num voltista ao nível dos melhores. Esta subida à liderança do australiano significou que não foi desta que o plano de José Azevedo resultou. O director da Katusha-Alpecin quer tentar colocar ou o português José Gonçalves ou o britânico Alex Dowsett no primeiro lugar. Depois do excelente contra-relógio de ambos, são agora 13 e 17 segundos, respectivamente, que os separam de Dennis. Ainda houve tentativas de tentar surpreender o pelotão já perto do final, mas este ano estavam todos atentos (em 2017, Lukas Pöstlberger, da Bora-Hansgrohe, ficou de rosa depois de escapar aos sprinters, quando tentava deixar bem colocado o seu). O objectivo de Gonçalves e Dowsett, ou eventualmente de Tony Martin (a 28 segundos) mantém-se para os próximos dias, com a alta montanha a chegar apenas na sexta etapa, com a subida ao Etna.
Quanto às restantes camisolas, a Quick-Step Floors juntou a dos pontos à da juventude. Elia Viviani está agora com a maglia ciclamino, com a branca a continuar com Max Schachmann. A Katusha-Alpecin lidera por equipas (pode ver aqui as classificações completas).
Siutsou poderá ficar afastado das corridas durante três meses
(Imagem: print screen) |
A aventura por Israel neste arranque da grande volta correu mal para Siutsou, que regressará a Itália para fazer mais exames médicos. "É uma enorme desilusão para mim e para a equipa. Eu estava em boa forma e estava pronto para apoiar a minha equipa e para dar o meu melhor. Infelizmente o Giro acabou para mim", desabafou num vídeo publicado pela Bahrain-Merida. E é de facto uma baixa de peso para Domenico Pozzovivo, o líder da formação neste Giro. Aos 35 anos, Siutsou vinha de uma vitória na Volta à Croácia e é na Volta a Itália que tem as melhores recordações em provas de três semanas. Venceu uma etapa em 2009 e foi top dez em 2011 (9º) e 2016 (10º).
Etapa 3: Berseba-Eilat, 229 quilómetros
Etapa mais "acidentada" do que a de sábado o que levará os homens que gostam de andar em fugas a arriscar a sorte. No entanto, as equipas dos sprinters estarão atentas, para garantir que seja mais um dia para os homens mais rápidos do pelotão. Segunda-feira será dia de descanso para que seja feita a viagem para Catania, na Sicília, para o arranque do Giro "em casa", no dia seguinte.
Aqui ficam alguns pormenores da segunda etapa e o sprint de Viviani é para ver e rever.
»»José Gonçalves de camisola rosa? Porque não?««
»»Vegni garante que se Froome ganhar o Giro a vitória não será retirada. A UCI não tem tanta certeza...««
»»Um Giro com muitas distracções mas a prometer espectáculo««
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