por Sofia Santos
© Podium/Paulo Maria |
Coisas concretas e que sabemos - o vírus continua cá, continua a aumentar o número de infectados e o número de mortes, aquelas notícias que não queremos ouvir mas são a realidade. Os nossos heróis das bicicletas continuam a treinar condicionados e o calendário continua em suspenso até junho.
Do ponto de vista psicológico podem acontecer neste momento duas coisas importantes: a primeira, uma falsa ilusão de segurança que leve a que sejam tomados comportamentos de risco; a segunda, o continuar da incerteza que este tempo tem trazido, de sentir a vida suspensa, de não saber quando poder voltar a sonhar e como poder lutar pelo sonho.
Continuamos a ter de manter o foco no treino, sem ter um objetivo mais concreto que o de não desistir ou de estar em forma quando isto passar (não esquecer que mesmo que as coisas acalmem, pedalar na estrada sem restrições não será possível logo de imediato, serão dados passos pequenos na conquista da liberdade e existirão coisas que só depois de uma cura ou vacina poderemos voltar a fazer).
Uma coisa de louvar que tenho visto ultimamente são diversos ciclistas profissionais a mostrar fotos de treino nos rolos. Isto mostra uma enorme responsabilidade por si e pelos outros uma vez que eles são modelos a seguir pelos mais novos, estão a ser modelo de garra e luta. Por outro lado, mostram que estão motivados e confiantes que isto irá terminar e que é preciso não desistir e continuar a treinar para estar preparado para a época que há-de vir. Deste modo, tornam-se fonte de esperança e inspiração para os que os seguem.
Este é o momento de louvar os esforços de todos os que tem dado o seu contributo para que esta pandemia passe. Eu quero louvar todos os ciclistas profissionais que tem demonstrado garra, motivação e resiliência pelos ensinamentos que nos dão, que mesmo os tempos sendo difíceis podemos adaptar comportamentos agora que nos permitam ser melhores e estar à altura dos desafios futuros.
Não sabemos quando isto irá acabar, não sabemos o que irá acontecer quando isto acabar, a incerteza é muita. No entanto, eu tenho uma certeza, pelo que tenho observado do pelotão nacional, quando o ciclismo voltar a galgar as estradas nacionais e internacionais, estará ao mesmo nível de antes ou ainda melhor, pois ser ciclista é mesmo isso, não desistir, lutar, adaptar, ter garra e dedicação.
Bem-hajam pela garra que nos contagia!
»»A importância da força mental na incerteza de quando regressará a competição««
Sofia Santos, formada em Psicologia pela Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa, aficionada pelo ciclismo. Costuma galgar as estradas portuguesas atrás, frente ou no meio do pelotão mas irás encontrá-la mais facilmente no velódromo às voltinhas pela pista. Psicóloga de profissão, seguidora de ciclismo por paixão e de momento, super-heroína do sofá de onde sai quando não há outra solução, por si e por todos!
»»A importância da força mental na incerteza de quando regressará a competição««
Sofia Santos, formada em Psicologia pela Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa, aficionada pelo ciclismo. Costuma galgar as estradas portuguesas atrás, frente ou no meio do pelotão mas irás encontrá-la mais facilmente no velódromo às voltinhas pela pista. Psicóloga de profissão, seguidora de ciclismo por paixão e de momento, super-heroína do sofá de onde sai quando não há outra solução, por si e por todos!
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