O público no País Basco proporcionou um ambiente espectacular, que o vencedor da etapa, Michael Woods, não deixou passar quando falou sobre a sua vitória em Balcón de Bizkaia. A última subida contou com as bermas preenchidas de fãs que o canadiano não escondeu terem sido importantes para o motivarem. No entanto, a manhã para a sua equipa começou em sobressalto. Alguns veículos da EF Education First-Drapac p/b Cannondale foram vandalizados durante a noite, com mensagens pintadas a pedir amnistia para os membros da ETA que se encontram presos e também a dizer para a Vuelta sair do País Basco.
Mas não foram os únicos afectados. A Bahrain-Merida também foi vítima do mesmo acto, tal como carros da comunicação social. Ao todo foram nove os carros da caravana da corrida que apareceram com as frases. A polícia explicou que os veículos estavam estacionados no passeio de La Canilla, na região de Portugalete, e na rua Río Castaños, em Barakaldo, segundo escreve o jornal Marca.
A Volta a Espanha não passou pelo País Basco durante 34 anos. Regressou em 2011 e desde então que a região tem sido presença habitual na corrida, com etapas que agradam aos ciclistas, tanto pela dificuldade, como pelo adeptos. No entanto, o passado ainda não está esquecido por algumas pessoas, o que deixou triste um dos vários bascos que fazem parte da caravana da Vuelta. Juanma Garate, um dos directores desportivos da EF Education First-Drapac p/b Cannondale, partilhou no Twitter a fotografia de um dos carros vandalizados com a mensagem: "Ainda somos assim?"
— Juanma Garate (@GarateJuanma) 12 September 2018
As frases pintadas nos veículos eram "Amnistía osoa" (amnistia geral) e "Vuelta alde hemendik" (Volta fora daqui). Também durante a etapa aparecem mensagens como "aqui não é Espanha", mas em dia de trabalho, o que mais se viu foi um enorme apoio aos ciclistas e a última subida contou com um corredor de fãs que esperaram horas para ver passar os corredores numa das subidas mais difíceis da Vuelta e nem o nevoeiro que pouco deixava ver no Alto del Balcón de Bizkaia afastou os adeptos.
Já no ano passado a Volta a Espanha também teve um caso de polícia. Foi noutra ponta do país, em Almeria, que o autocarro da Aqua Blue Sports ardeu, deixando a equipa sem transporte. Foi de Portugal que chegou a ajuda, com a então LA Alumínios-Metalusa-BlackJack a emprestar o seu à equipa irlandesa.
No País Basco as razões e a história são bem diferentes, mas no final, ganhou o ciclismo, pois foi um excelente dia de espectáculo, no qual os fãs tiveram forte contribuição pelo ambiente que criaram.
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