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Desde que surgiu no final dos anos 90 que a Euskaltel-Euskadi conseguiu o seu lugar na história do ciclismo. Não foi apenas pelos resultados - vitórias em etapas nas grandes voltas, segundo lugar no Tour com Samuel Sánchez, que foi ainda campeão olímpico -, mas muito pelas sua maneira de estar na modalidade. Primeiro optava por ter ciclistas oriundos do País Basco, ou com raízes naquela região. Segundo, a Euskaltel-Euskadi tinha uma forma de competir que era praticamente impossível não gostar. Os seus corredores atacavam, davam espectáculo, aquelas camisolas laranjas raramente passavam despercebidas. Pela equipa passaram alguns ciclistas que ganhariam o seu espaço no ciclismo espanhol e mundial e entre os últimos quando a equipa terminou estava Mikel Landa.
Numa altura em que as já era difícil esconder as dificuldades em manter a equipa na estrada, a Euskaltel-Euskadi abriu as portas a estrangeiros sem ligações ao País Basco. O português Ricardo Mestre teve a sua oportunidade ao mais alto nível nesta formação, mas foi uma experiência curta, pois foi precisamente no ano que ditou o final da estrutura basca. Mas influência da equipa no ciclismo ainda hoje está bem presente. Os irmãos Izagirre (Astana), Pello Bilbao (Bahrain-Merida), o veterano Mikel Nieve (Mitchelton-Scott), continuam a competir. Contudo, Landa acaba por ser a principal referência e foi um dos que decidiu recuperar o projecto basco de ciclismo.
O renascimento deu-se em 2018, com a subida ao segundo escalão a dar-se esta temporada. Ainda recentemente a Fundación-Orbea esteve na Volta ao Algarve e no ano passado passou pela Volta a Portugal, ainda como equipa Continental. E foi uma das melhores formações da prova, fazendo recordar os bons velhos tempos de ciclistas que não têm receio de arriscar para ganhar, animando e muito as corridas. E animaram e muito a Volta.
De vez em quando lá escapava numa conversa o nome Euskaltel-Euskadi em vez de Fundación Euskadi, ou este ano, Fundación-Orbea. Os anos passaram, mas ver aquelas camisolas laranjas sempre trouxe à memória a equipa basca na sua era de sucesso na primeira década de 2000. A partir de Abril já pode escapar à vontade. O novo/velho nome será estreado na Volta ao País Basco, pois claro, que realiza-se entre 6 e 11 de Abril. Falta apenas a autorização da UCI, que já terá recebido o pedido de alteração.
Xabier Iturbe, presidente da empresa de telecomunicações, anunciou que o acordo é por quatro anos e já aponta a uma presença na Vuelta, esperando que seja possível receber um convite para a grande volta. "Queremos repetir a união de sucesso e trazer de volta o entusiasmo que gerava em todos os fãs", afirmou o responsável.
Para Landa, o sonho sempre passou por recuperar tudo o que era a Euskaltel-Euskadi, incluindo o nome. Agora quer continuar o projecto rumo ao World Tour e fica já um desejo: "Oxalá um dia me chamem para vir correr aqui." Mikel Landa tem 30 anos e nos próximos dois estará na Bahrain-Merida. Nunca foi de ficar muito tempo numa equipa e é de suspeitar (e muito) que não será na actual que irá ficar até ao final da carreira. Em Espanha já se fala de um Landa a fazer uma Volta a França com as cores da Euskaltel-Euskadi.
Muchas pedaladas y tardes de gloria juntos.— FundaCiclistaEuskadi (@FundaCiclisEusk) February 27, 2020
Sigamos haciendo historia.
Bienvenido @euskaltel !
Juntos somos más fuertes.
--#AupaEuskadi #IndarrakBatuta #UnimosFuerzas pic.twitter.com/XwR8EDYxTY
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