© Milano-Sanremo |
Com as autoridades italianas a tentarem controlar a situação, numa altura em que já foram confirmadas sete mortes, o director da RCS Sport aguarda por informações por parte do governo para tomar uma decisão, esperando que seja possível realizar as provas. "As preocupações iniciais que temos são com o Tirreno-Adriatico e, sobretudo, com a Milano-Sanremo, que estão programadas para daqui a um mês. Não há plano B. Se o governo decidir suspender os eventos desportivos em Milão e Lombardia teremos de cancelar as corridas", afirmou Mauro Vegni ao Corriere della Sera.
O responsável está actualmente na Volta aos Emirados Árabes Unidos e olha para o que está a acontecer no norte de Itália com alguma apreensão. Salientou que a Strade Bianche (7 de Março) não está em causa, por enquanto, pois a região da Toscana não está a ser afectada. O Tirreno-Adriatico está agendado para entre 11 e 17 de Março, com a Milano-Sanremo, marcada para dia 21. Milão recebe a partida da corrida e é uma das cidades com casos de coronavírus reportados.
"Não faz sentido alterar o início 20 ou 50 quilómetros. Esse percurso existe há 110 anos e não se pode improvisar em 20 dias. Perderia a sua essência", salientou Vegni. A primeira edição do monumento realizou-se em 1907 e só não se disputou em três anos, que coincidiram com a Primeira e Segunda Guerra Mundial: 1916, 1944 e 1945. Há umas semanas, a passagem pelo Poggio esteve em risco devido aos danos provocados pelo mau tempo. Esta situação acabou por ser resolvida a tempo de evitar que a subida fosse retirada do percurso.
Quanto ao Giro, Mauro Vegni mantém um discurso cauteloso, esperando que os casos possam começar a diminuir. A primeira grande volta do ano arranca a 9 de Maio em Budapeste, ficando três dias na Hungria. Dia 12 o pelotão estará em Itália. "Espero que o pico do coronavírus diminua. Por agora não posso dizer nada sobre a Volta a Itália, mas é claro que, se o alarme não diminuir, existe o risco da corrida não poder continuar", referiu Vegni.
Os primeiros casos de coronavírus foram detectados em Wuhan, na China e, dada a propagação, a Volta a Hainan foi adiada. Entretanto, a UCI decidiu adiar também as provas que estava agendadas para aquele país nos meses de Abril e Maio.
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