18 de fevereiro de 2020

Volta ao Algarve, a corrida ideal para começar a época, segundo Nibali

© Trek-Segafredo
Ao longo dos anos - e já vamos para a 46ª edição - a Volta ao Algarve tornou-se numa corrida vista por muitos dos melhores ciclistas do mundo como uma perfeita para o arranque de temporada, seja como a primeira corrida, ou uma das primeiras. Estabilizada que está no mês de Fevereiro e apesar da crescente concorrência no calendário, a Algarvia mantém essa preferência entre grandes nomes. E se Geraint Thomas ou Michal Kwiatkowski são ciclistas já por cá passaram várias vezes - podem ser os primeiros estrangeiros a vencer por três vezes -, 2020 confirma como o sul de Portugal continua a atrair estreantes, sejam entre as jovens estrelas - Remco Evenepoel - ou veteranos, como é o caso de Vincenzo Nibali.

O pelotão é novamente de luxo. Temos campeões do mundo - Philippe Gilbert, Rui Costa, Kwiatkowski, Rohan Dennis (bicampeão de contra-relógio), Mikkel Bjerg (tri de contra-relógio em sub-23) -, campeões da Europa - Alexander Kristoff, Matteo Trentin, Elia Viviani (actual) e Remco Evenepoel (actual de contra-relógio) - e olímpicos - Greg van Avermaet. Temos um vencedor da Volta a França, Geraint Thomas, vencedores de monumentos, de etapas nas grandes voltas... E Mathieu van der Poel, o ciclista que tanto está a entusiasmar.

Mas é inevitável destacar Vincenzo Nibali. O italiano é um vencedor das três grandes voltas, dois monumentos (duas Lombardia e uma Milano-Sanremo) e tem um dos melhores currículos entre os ciclistas em actividade. Demorou em escolher o Algarve, mas aos 35 anos escolheu esta corrida para arrancar uma nova fase da carreira, agora que mudou para a Trek-Segafredo.

O italiano, conhecido como o Tubarão de Messina, disse que o Algarve "é um ponto de partida perfeito" para a época. "As etapas têm tudo o que eu preciso para ter o meu primeiro feedback: duas chegadas em alto, percursos exigentes e um contra-relógio. É a minha primeira vez nesta corrida e não vou ter comparações com experiências passadas, por isso, será um teste interessante", afirmou Nibali, na antevisão feita pela Trek-Segafredo. Considera que não será fácil pensar em vitórias, mas garantiu: "Não não se duvide que vou exibir-me a 100% para ser útil à ambição da equipa. Começámos bem a época e quero agora dar a minha contribuição."

Depois de dois estágios em altitude, Nibali chega ao Algarve para começar a sua preparação em corrida para a Volta a Itália. É um ciclista que, mesmo quando não está nas perfeitas condições físicas, gosta de se testar, o que normalmente acaba por ser sinónimo de espectáculo. E com Evenepoel e o próprio Thomas a poderem ter posturas idênticas... Já só se quer que a Algarvia comece.

De referir que Vincenzo Nibali vai receber na segunda etapa, sem Sagres, o prémio Prestígio, uma homenagem precisamente pelo seu invejável currículo. Philippe Gilbert, Tony Martin, Tom Boonen, Alberto Contador e Fabian Cancellara foram agraciados em anos anteriores com esta distinção.

1ª etapa: Portimão-Lagos (195,6 quilómetros)


Não é preciso dizer muito sobre esta etapa. Será uma surpresa se não acabar ao sprint, mas espera-se que seja menos acidentada do que 2019, quando uma queda, deixou muitos ciclistas mal tratados. A partida será dada às 12 horas, com chegada prevista por volta das 17 horas.

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