(Fotografia: © Eurosport) |
Há um ano, Alberto Contador dizia adeus ao ciclismo nas ruas de Madrid, deixando uma última marca com uma estrondosa vitória no Angliru. Este ano, o ritmo é outro e o próprio estranhou ter ido à praia e relaxado um pouco antes de começar uma grande volta. Não esconde que mexe com ele estar a ver de fora uma corrida que tanto gosta, mas agora assumiu o papel de comentador e deixou as suas apostas para uma Volta a Espanha que neste domingo terá uma das etapas mais esperadas. La Covatilla deverá iniciar a selecção de quem irá estar na luta pela geral.
Começando precisamente pela camisola mais ambicionada, a vermelha. Quem é o favorito a vencer a Vuelta para Contador? "Eu diria o Nairo Quintana. É um ciclista que já sabe o que é ganhar uma grande volta e acho que se preparou muito bem", respondeu em declarações ao Eurosport, canal no qual faz comentários no seu país, mas na Vuelta tem feito curtas análises que são transmitidas noutros países, incluindo Portugal. Se se confirmar a aposta do antigo ciclista, será a segunda vitória do colombiano na Vuelta. Conquistou-a em 2016, dois anos depois de ganhar o Giro.
Mas há que falar de espanhóis e Contador realça dois: "O Alejandro Valverde [Movistar] é um ciclista que pode fazer grandes coisas e tenho a certeza que ele vai dar muita luta. À medida que a corrida evoluir, se ele cometer algum erro, pode vir a ficar sob as ordens da equipa e ter de ajudar o Nairo Quintana. O David de La Cruz [Sky] está especialmente motivado e já sabe o que é ganhar uma etapa, mesmo que partilhe liderança com um companheiro de equipa."
Valverde já venceu duas etapas, lidera a classificação dos pontos e o prémio combinado e está apenas a 37 segundos de Rudy Molard (Groupama-FDJ), sendo um forte candidato a vestir a vermelha já este domingo. Quanto a De la Cruz, perdeu algum tempo no contra-relógio e não escondeu a sua desilusão, tendo deixado escapar mais alguns segundos noutros dias. Contudo, parece estar a melhorar à medida que os dias passam. Tem Michal Kwiatkowski como outra possível aposta dentro da Sky. Foi dos poucos que preparou a temporada a pensar na Vuelta. Está neste momento a 1:34 minutos de Molard.
Para Contador, Valverde é ainda o favorito para ganhar a classificação dos pontos. "Acho que o [Peter] Sagan não vai terminar a Vuelta", disse, referindo-se ao ciclista que no Tour não dá hipóteses nesta luta particular. Na montanha, a aposta vai para Omar Fraile. O espanhola da Astana tem estado discreto, mas terá etapas mais ao seu jeito nas próximas duas semanas. Para já, não soma qualquer ponto, mas essa disputa vai agora começar mais a sério, com Luis Ángel Maté (Cofidis) a controlar até agora, mas os 42 pontos não são garantia de nada nesta fase.
Entre as etapas, Alberto Contador destacou a 15ª (9 de Setembro, domingo): "A etapa de Covadonga é sempre importante e volta a ser decisiva ano após ano. É um ponto de grande importância e geralmente muito difícil de atingir sozinho. É uma das etapas que terá maior influência nos desenvolvimentos da corrida e da classificação geral. Tudo dependerá de como os ciclistas cheguem lá e, acima de tudo, se antes não tiverem problemas mecânicos ou físicos." Claro que a penúltima tirada também não podia ficar de fora do comentário. Serão apenas 97,3 quilómetros sempre a subir e descer, com a meta numa categoria especial. "Faz-te pensar noutras etapas do Tour ou mesmo da Vuelta, como a etapa de Formigal, que também é curta, mas muito dura. Tenho a certeza de que vamos assistir a uma etapa muito bonita", realçou.
Convidado a colocar-se no papel de director da Volta a Espanha, Contador disse que "talvez procurasse ter etapas de montanha mais longas, não sempre tão curtas e explosivas". Porém, gosta do percurso da edição de 2018. "Acho que está muito bem para esta altura do ano." Referiu ainda como nesta corrida não há dias de descanso, o que talvez o levasse a reduzir um pouco as chegadas em alto. "Noutras edições da Vuelta tivemos onze etapas."
Para terminar, como está afinal Contador a viver uma Vuelta como ex-ciclista? "Não sei como é que os fãs imaginam, mas para mim é algo estranho porque antes do início da corrida pude ir de ferias e estar na praia. Vejo a Vuelta com alguma nostalgia porque não estou a competir numa corrida na qual sempre me senti muito bem. Desfrutei de cada momento e a memória do ano passado é inesquecível. Tive a sorte de viver isso. É algo que me vai acompanhar para o resto da vida. Agora já não compito a nível profissional. Posso dizer que é algo complicado de lidar, uma vez que sou uma pessoa muito competitiva e vivi sempre para a bicicleta, mas acho que tomei a decisão certa."
»»Movistar prepara ataque à liderança. Mas com quem?««
»»Pelotão furioso com condições da estrada««
Começando precisamente pela camisola mais ambicionada, a vermelha. Quem é o favorito a vencer a Vuelta para Contador? "Eu diria o Nairo Quintana. É um ciclista que já sabe o que é ganhar uma grande volta e acho que se preparou muito bem", respondeu em declarações ao Eurosport, canal no qual faz comentários no seu país, mas na Vuelta tem feito curtas análises que são transmitidas noutros países, incluindo Portugal. Se se confirmar a aposta do antigo ciclista, será a segunda vitória do colombiano na Vuelta. Conquistou-a em 2016, dois anos depois de ganhar o Giro.
Mas há que falar de espanhóis e Contador realça dois: "O Alejandro Valverde [Movistar] é um ciclista que pode fazer grandes coisas e tenho a certeza que ele vai dar muita luta. À medida que a corrida evoluir, se ele cometer algum erro, pode vir a ficar sob as ordens da equipa e ter de ajudar o Nairo Quintana. O David de La Cruz [Sky] está especialmente motivado e já sabe o que é ganhar uma etapa, mesmo que partilhe liderança com um companheiro de equipa."
Valverde já venceu duas etapas, lidera a classificação dos pontos e o prémio combinado e está apenas a 37 segundos de Rudy Molard (Groupama-FDJ), sendo um forte candidato a vestir a vermelha já este domingo. Quanto a De la Cruz, perdeu algum tempo no contra-relógio e não escondeu a sua desilusão, tendo deixado escapar mais alguns segundos noutros dias. Contudo, parece estar a melhorar à medida que os dias passam. Tem Michal Kwiatkowski como outra possível aposta dentro da Sky. Foi dos poucos que preparou a temporada a pensar na Vuelta. Está neste momento a 1:34 minutos de Molard.
Para Contador, Valverde é ainda o favorito para ganhar a classificação dos pontos. "Acho que o [Peter] Sagan não vai terminar a Vuelta", disse, referindo-se ao ciclista que no Tour não dá hipóteses nesta luta particular. Na montanha, a aposta vai para Omar Fraile. O espanhola da Astana tem estado discreto, mas terá etapas mais ao seu jeito nas próximas duas semanas. Para já, não soma qualquer ponto, mas essa disputa vai agora começar mais a sério, com Luis Ángel Maté (Cofidis) a controlar até agora, mas os 42 pontos não são garantia de nada nesta fase.
Entre as etapas, Alberto Contador destacou a 15ª (9 de Setembro, domingo): "A etapa de Covadonga é sempre importante e volta a ser decisiva ano após ano. É um ponto de grande importância e geralmente muito difícil de atingir sozinho. É uma das etapas que terá maior influência nos desenvolvimentos da corrida e da classificação geral. Tudo dependerá de como os ciclistas cheguem lá e, acima de tudo, se antes não tiverem problemas mecânicos ou físicos." Claro que a penúltima tirada também não podia ficar de fora do comentário. Serão apenas 97,3 quilómetros sempre a subir e descer, com a meta numa categoria especial. "Faz-te pensar noutras etapas do Tour ou mesmo da Vuelta, como a etapa de Formigal, que também é curta, mas muito dura. Tenho a certeza de que vamos assistir a uma etapa muito bonita", realçou.
Convidado a colocar-se no papel de director da Volta a Espanha, Contador disse que "talvez procurasse ter etapas de montanha mais longas, não sempre tão curtas e explosivas". Porém, gosta do percurso da edição de 2018. "Acho que está muito bem para esta altura do ano." Referiu ainda como nesta corrida não há dias de descanso, o que talvez o levasse a reduzir um pouco as chegadas em alto. "Noutras edições da Vuelta tivemos onze etapas."
Para terminar, como está afinal Contador a viver uma Vuelta como ex-ciclista? "Não sei como é que os fãs imaginam, mas para mim é algo estranho porque antes do início da corrida pude ir de ferias e estar na praia. Vejo a Vuelta com alguma nostalgia porque não estou a competir numa corrida na qual sempre me senti muito bem. Desfrutei de cada momento e a memória do ano passado é inesquecível. Tive a sorte de viver isso. É algo que me vai acompanhar para o resto da vida. Agora já não compito a nível profissional. Posso dizer que é algo complicado de lidar, uma vez que sou uma pessoa muito competitiva e vivi sempre para a bicicleta, mas acho que tomei a decisão certa."
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