24 de maio de 2017

Equipa do português Daniel Silva suspensa pela segunda vez este ano

(Fotografia: Facebook Team Soul Brasil)
A Soul Brasil (antiga Funvic) vai cumprir 35 dias de suspensão, depois de mais dois casos de doping na equipa brasileira. Este ano, a formação que conta com o português Daniel Silva, já tinha estado afastada da competição durante 55 dias - uma parte ainda em 2016 - por três ciclistas terem dado positivo em testes anti-doping, dois deles durante a Volta a Portugal. A nova suspensão será cumprida entre 15 de Julho e 19 de Agosto, segundo anunciou a UCI.

Em causa estão irregularidades com o passaporte biológico de Alex Correia Diniz e com uma alegada manipulação após um teste anti-doping de Otavio Bulgarelli. Este último caso foi denunciado ao organismo internacional pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem. Nenhum dos ciclistas está actualmente com a Soul Brasil. Bulgarelli, de 32 anos, (campeão brasileiro em 2012) competiu pela última vez na Volta a Portugal, tendo abandonado na terceira etapa. Diniz, 31, não está em acção desde a Volta ao Lago Taihu, na China, em Novembro. Este ciclista tinha cumprido dois anos de suspensão, depois de ter testado positivo pelo uso de EPO em 2009.

Em Dezembro a equipa foi suspensa por 55 dias, depois de se conhecer que Wilson Ramiro Diaz e João Gaspar deram positivo em testes realizados na Volta a Portugal. O colombiano foi o vencedor da classificação da montanha. Estes testes positivos juntaram-se ao de Kleber Ramos, que realizou um antes dos Jogos Olímpicos, mas o resultado só foi conhecido depois.

A equipa contratou este ano o terceiro classificado da Volta a Portugal, Daniel Silva, que aos 31 anos escolheu ir para uma equipa estrangeira depois de seis anos na estrutura da actual Rádio Popular-Boavista. Todos estes casos estão a manchar a imagem de uma equipa que vai perdendo crédito, apesar de ter a licença Profissional Continental. Após a primeira suspensão conseguiu estar na Volta a Catalunha, muito devido ao facto de ter um catalão no seu plantel. Jordi Simón - terceiro classificado nos Nacionais em 2016 - foi o único ciclista da formação a terminar a corrida na Catalunha.

Esta segunda suspensão deve-se por serem dois casos e as regras da UCI determinam que quando há mais do que um caso de doping durante o ano, as equipas incorrem numa sanção que poderá afastá-las das competições de 15 dias a 12 meses.


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