Scarponi após a sua última vitória, na primeira etapa na Volta aos Alpes
(Fotografia: Facebook Astana) |
Com Fabio Aru a recuperar de uma queda que lhe provocou uma grave lesão no joelho, o veterano Scarponi ia ser o número um da Astana. A sua morte - foi atropelado durante um treino perto da sua casa em Filottrano - provocou um choque generalizado, mas naturalmente que, no ciclismo, atingiu particularmente a formação cazaque. O ano já estava a ser muito mau. Tinha sido Scarponi a dar a primeira vitória à equipa em 2017 (e única até ao momento) poucos dias antes do trágico acidente. Sem Aru, caiu por terra o principal objectivo da Astana: a vitória no Giro100. De Scarponi não se esperava um triunfo, mas a sua experiência e visto ter demonstrado boa forma na Volta aos Alpes, a equipa esperava alcançar uma boa classificação e talvez juntar uma ou outra tirada.
Esse objectivo naturalmente que se mantém, mas Alexander Vinokourov optou por deixar o dorsal um da Astana sem dono em homenagem a Scarponi. Menos um homem complicará a missão de Dario Cataldo ou Tanel Kangert de ficarem no top 10. É muito possível que se veja uma Astana muito activa no Giro à procura de vitórias que certamente os seus ciclistas ambicionam mais do que nuncal, com o desejo de as dedicar àquele que deveria ter sido o seu líder na ausência de Aru. O espanhol Luis Leon Sanchez é um corredor que deverá dispor de liberdade total para alcançar esse triunfo.
"Penso que é a decisão correcta e tenho a certeza que os organizadores do Giro, tal como toda comunidade do ciclismo, vão aceitar e compreender", afirmou o director da Astana, Alexander Vinokourov. Nas grandes voltas as equipas têm de se apresentar com nove ciclistas, incorrendo numa multa caso comecem com menos. Sendo um caso excepcional, aguarda-se agora pela decisão de Mauro Vegni, director da Volta a Itália.
Os eleitos da Astana para o Giro100 foram Pello Bilbao, Zhandos Bizhigitov, Dario Cataldo, Jesper Hansen, Tanel Kangert, Luis Leon Sanchez, Paolo Tiralongo e Andrey Zeits.
Vinokourov aproveitou também para garantir que a Astana não vai ficar por esta homenagem: "Obviamente que esta não é a única iniciativa que a Astana está a preparar para recordar o Michele e também para ajudar a sua família. Já começámos algo tão importante como uma angariação de fundos para a família dele e vamos fazer muito mais nos próximos meses."
O director da Astana salientou que irão correr todos os dias do Giro e noutras corridas para honrar a memória de Michele Scarponi, que aos 37 anos morreu de forma tão trágica.
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