Domenico Pozzovivo (34 anos, Itália, AG2R La Mondiale)
Esperava-se mais da carreira de Pozzovivo. Ao serviço da estrutura agora com o nome Bardiani CSF, o italiano sempre foi um ciclista emocionante de ver. Era atacante, dava espectáculo e em 2012 alcançou o sucesso que garantidamente o iria colocar no World Tour. Venceu o Giro del Trentino e foi depois vencer uma etapa na Volta a Itália. A AG2R contratou Pozzovivo, que teve ainda a curiosidade de durante alguns anos ter dividido o ciclismo com os estudos, pois quis tirar uma licenciatura.
No entanto, o pequeno Pozzovivo não conseguiu manter o nível e ano após ano vemo-lo aparecer em algumas corridas, atacar ao estilo que apresentou no passado, mas os resultados não são os esperados. A AG2R manteve sempre a confiança no ciclista, mas com 34 anos, Pozzovivo poderá ter no Giro100 a última oportunidade de estar numa equipa World Tour como líder numa grande volta.
Não é ciclista para se sentir pressionado. É um corredor que compete muito com o coração, com as sensações, um pouco ao estilo de Contador. É por isso mesmo que quando está em forma é sempre entusiasmante vê-lo, como aconteceu recentemente na Volta aos Alpes. E essa boa forma lança algumas expectativas sobre o pequeno italiano. Será que é desta que estará na luta por uma grande vitória? Será difícil, mas é muito possível que Pozzovivo tenha o pódio em mente.
Tejay van Garderen (28 anos, Estados Unidos, BMC)
Quando se olha a idade de Van Garderen parece estranho dizer que o crédito do americano pode estar a terminar na BMC. Apareceu muito cedo e muito cedo começou a demonstrar ser um caso sério de talento. A equipa foi buscá-lo logo em 2012 e rapidamente começou a prepará-lo para ser o sucessor de Cadel Evans como líder para a Volta a França. Porém, quando chegou o momento, Tejay van Garderen teve dificuldades em retribuir com resultados a confiança nele depositada.
Por uma razão ou por outra, a verdade é que Van Garderen não consegue estar ao seu melhor nas grandes voltas. E quando o conseguiu, no Tour, uma doença obrigou-o a abandonar em lágrimas, numa imagem marcante. Mas, no geral, tem sido uma desilusão. De líder no Tour, passou a co-líder com Richie Porte em 2016. Este ano foi "empurrado" para o Giro. Como é a 100ª edição quase passa despercebido que é uma despromoção para o americano. Van Garderen aposta muito neste Giro. Se falhar, o seu futuro na BMC poderá estar em causa.
Com 28 anos, ainda tem uma grande parte da carreira pela frente. Contudo, ter de enfrentar corridas com um passado recheado de desilusões poderá ser difícil de gerir psicologicamente, principalmente quando um dos handicaps do ciclista é precisamente a força (ou falta dela) mental.
É o momento da verdade para Tejay van Garderen, que ainda por cima tem Rohan Dennis a aparecer e a ameaçar tira-lhe o protagonismo.
Pierre Rolland (30 anos, França, Cannondale-Drapac)
Esta é uma relação que não está a resultar nem de perto nem de longe como equipa e ciclista esperavam. Depois de muitos anos na Europcar (actual Direct Energie), um pouco na sombra de Thomas Voeckler, mas com resultados que também o destacaram no ciclismo francês - duas etapas no Tour e três top dez foram um excelente cartão de visita -, Rolland procurou a sua oportunidade no World Tour e encontrou uma Cannondale-Drapac à procura de mais um líder, além de Rigoberto Uran.
Porém, não tem sido uma união proveitosa. Rolland teve um 2016 muito discreto, mas parece querer mudar este ano. Trocou com Uran e enquanto o colombiano vai como líder ao Tour, o francês vai tentar a sua sorte no Giro. O sexto lugar na Volta aos Alpes é um resultado positivo. É difícil olhar para Rolland e considerar que é um candidato a lutar pela vitória na Volta a Itália, mas se o ciclista voltar à forma que apresentou na Europcar, então este Giro poderá ser o regresso aos grandes resultados.
Um top dez seria excelente, mas tendo em conta que a Cannondale-Drapac é uma equipa desesperada por vitórias - só tem uma em 2017 - falta saber qual será a prioridade: etapas ou classificação geral. Se forem as duas, naturalmente que será perfeito, mas Rolland sabe que está pressionado a conseguir algo de muito positivo neste Giro se não quiser ser considerado uma aposta falhada da equipa americana.
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